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Lula diz que ele e Dilma não têm medo de protestos contra a Copa

Ex-presidente sai em defesa dos gastos com o Mundial e afirma que país precisa 'mostrar sua cara'

Petista afirma em Santo André que "a juventude muitas vezes faz rebeldia sem saber o porquê"

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem em Santo André (SP) as manifestações contra a Copa, que cresceram nos últimos meses, e disse que nem ele nem a presidente Dilma Rousseff têm medo de protestos.

"Vocês imaginam, nesta altura do campeonato, com 68 anos, dos quais 38 fazendo protesto, eu vou ter medo de protesto? A Dilma, com 20 anos a bichinha estava presa, foi torturada, tomou choque para tudo quanto é lado por protestar. Agora ela vai ter medo de protesto? Quem quiser protestar, que proteste", disse o ex-presidente.

Lula saiu em defesa dos gastos com a Copa: "Se eu ficar dizendo que não pode ter [Copa] porque tem criança na rua, porque não tem escola para todo mundo, nós não vamos fazer nada", afirmou.

Ele disse que é preciso compreender, sobre o evento, que "não se trata de dinheiro", mas de um momento em que o Brasil "precisa mostrar a sua cara do jeito que é".

"O que nós temos que compreender é que uma Copa do Mundo não se trata de dinheiro, de quanto vai entrar. Vejo as pessoas tentando justificar [as críticas à realização do mundial], falando que vai entrar R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões, R$ 4 bilhões, mas não importa quanto vai entrar. A Copa do Mundo é um estado, é um momento de encontro de civilizações em que o Brasil tem que mostrar a sua cara do jeito que é".

Para Lula, "começou a se criar uma imagem negativa do Brasil": "Mas vamos ser francos, gente, poucos momentos neste país foram de tanta alegria como quando a gente conquistou [o direito de sediar] a Copa e a Olimpíada".

Depois Lula mudou o tom sobre as manifestações e disse que "a juventude muitas vezes faz rebeldia sem saber o porquê": "Essa juventude, que muitas vezes faz rebeldia sem saber o porquê, precisaria discutir um pouco mais de política. Muitas vezes vejo na política o comportamento do filho que chega em casa e a mãe coloca a comida para ele e ele fala: Eu não gosto, não tem tal coisa? Por que não fez tal coisa?' Mas reclama sem saber o quanto custou".


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