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A Copa como ela é

Dilma afasta hipótese de 'intervenção' no futebol

Aécio Neves disse que 'nada pode ser pior' do que ingerência estatal no tema

Na quinta, ministro Aldo Rebelo defendeu que mudanças no esporte tivessem a participação do Estado

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Três dias depois da derrota da seleção para a Alemanha, o futebol continuou alimentando o embate político entre os candidatos dos dois partidos que lideram a corrida presidencial.

O tucano Aécio Neves atacou a ideia de uma intervenção no esporte, defendida na véspera pelo ministro Aldo Rebelo, enquanto o Palácio do Planalto se apressava em minimizar as declarações.

"Nada pode ser pior do que a intervenção estatal. O país não precisa da criação de uma Futebras'. Precisa de profissionalismo, gestão, de uma Lei de Responsabilidade do Esporte", disse.

Ele ressaltou que "não é hora de oportunismo". "Principalmente daqueles que estão no governo há 12 anos e nada fizeram para melhorá-lo", afirmou, em nota publicada em suas redes sociais.

As críticas a uma suposta intervenção no futebol foram exploradas nos canais do PSDB ao longo do dia.

"A investida da hora é tentar descolar-se do fracasso da seleção defendendo a renovação' do nosso futebol. Até instrumento para isso eles já têm: botar o Estado para intervir no esporte, a mesma receita que fracassa na economia", dizia texto sem assinatura no site do partido.

Apesar de defender uma separação dos temas eleição e Copa, há dias Aécio vem usando a postura do governo diante do Mundial para fazer críticas à presidente.

ALDO RECUA

O tom da fala de Aldo Rebelo não agradou o Palácio do Planalto. O governo viu na frase do ministro brecha para novos ataques à petista, como acabou acontecendo.

Após encontro com a presidente nesta sexta-feira (11), o ministro recuou de suas declarações e disse que o governo não pretende fazer qualquer tipo de intervenção nas entidades esportivas.

Assessores da presidente disseram reservadamente que o objetivo do governo é trabalhar em conjunto com jogadores, clubes e entidades para criar regras que exijam mais organização no futebol.

Segundo esses assessores, o governo vai apoiar a ideia de que a CBF cuide só da seleção brasileira. O campeonato nacional de futebol ficaria a cargo de uma liga de clubes.

Apesar de negar a "intervenção", Rebelo defendeu nesta sexta a necessidade de "recuperar a capacidade de fiscalizar" o que for de "interesse público". Segundo o ministro, "o governo não pretende nomear dirigentes, interferir na escolha dos dirigentes".

"Essa não é a função do governo ou do Estado brasileiro", disse o ministro.

Ele voltou a defender projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que propõe o refinanciamento das dívidas dos clubes por até 25 anos, desde que eles sigama parâmetros de gestão financeira e responsabilidade fiscal.


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