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Dirigente nega conflito na Habitação em SP

Novo programa do governo do Estado privilegia subsídio em detrimento da construção de casas, responsabilidade da CDHU

Alckmin minimizou os problemas encontrados em conjuntos cujas casas têm problemas como infiltrações

Jorge Araújo/Folhapress
Geraldo Alckmim entrega chave de casa da CDHU a nova moradora em Itaquaquecetuba
Geraldo Alckmim entrega chave de casa da CDHU a nova moradora em Itaquaquecetuba

PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

O presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo), Antônio Carlos do Amaral Filho, negou ontem que haja um "braço de ferro" entre a estatal comandada por ele e a Secretaria da Habitação do Estado.

Responsável pela construção de casas para famílias de baixa renda, a CDHU luta para não perder importância em decorrência da mudança no modelo de habitação popular defendida pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

O programa Casa Paulista, instituído em setembro, privilegia o subsídio às moradias em detrimento da construção de casas, nos moldes do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Em dezembro o secretário da Habitação, Sílvio Torres, chegou a classificar a mudança de "avanço fundamental".

"Para haver braço de ferro precisa ir um em direção contrária à do outro, o que não acontece. Sou presidente de uma empresa estatal, tenho de seguir diretrizes", disse ontem Amaral, que foi indicado ao cargo pelo deputado federal Paulo Maluf (PP).

Amaral, Torres e Alckmin participaram ontem da entrega de moradias populares em Itaquaquecetuba. No ato, voltaram a minimizar os problemas apontados pela Folha em conjuntos recém-entregues pelo governo.

Na terça, reportagem revelou que casas em Ribeirão Preto tinham problemas apenas sete dias depois da mudança dos moradores.

Ontem, a Folha mostrou que conjuntos inaugurados por Alckmin em dezembro ainda não estão habitados. O governo diz que eles serão ocupados nos próximos dias.

MAIS PROBLEMAS

As unidades entregues pelo governo ontem também tinham falhas de acabamento, como portas ainda sem maçanetas, fios dos para-raios desligados e rachadura em parte do piso externo.

O governo disse que os problemas serão corrigidos antes da data prevista para a mudança, dia 9, e que vai intensificar a cobrança sobre as empresas responsáveis por fiscalizar as obras da CDHU.

O deputado estadual Enio Tatto (PT) disse que pedirá a convocação de Torres e Amaral para dar explicações na Assembleia. O pedido deve ser feito em fevereiro, após o recesso do Legislativo.

Colaborou Daniel Roncaglia, de São Paulo

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