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Outro lado

Ministro nega ter beneficiado o filho

Pasta diz que outros congressistas tiveram emendas liberadas em percentuais similares aos de Fernando Coelho

Renato Cobucci/"Jornal Hoje em Dia"
Fernando Bezerra dá entrevista após reunião sobre chuvas com o governador de Minas, Antonio Anastasia (ao fundo)
Fernando Bezerra dá entrevista após reunião sobre chuvas com o governador de Minas, Antonio Anastasia (ao fundo)

DE BRASÍLIA

Em nota, o Ministério da Integração Nacional negou que o ministro Fernando Bezerra tenha beneficiado o filho, o deputado Fernando Coelho (PSB-PE), ao liberar emendas parlamentares apresentadas por ele em 2011.

De acordo com o texto, o deputado conseguiu nos dois anos anteriores, quando seu pai não era ministro, a liberação de cerca de 80% dos pedidos de verba no Orçamento da pasta -em 2010, foram empenhados R$ 5,4 milhões pedidos pelo deputado.

Segundo o ministério, "diversos parlamentares, de outras legendas, tiveram suas emendas aprovadas em percentuais equivalentes aos do deputado Fernando Coelho".Por isso, diz a nota, "não cabe falar em favorecimento".

Ontem, o ministro se colocou à disposição da comissão representativa do Congresso, que está em recesso, para apresentar na terça esclarecimentos sobre as verbas antienchentes. Mas, segundo a assessoria, não há pedido oficial para que ele compareça.

Procurado durante todo o dia de ontem, o deputado não ligou de volta para a Folha para comentar o assunto.

Com relação à Codevasf, o ministério informou que a nomeação de Clementino Coelho foi uma decisão do então presidente Lula e que a permanência dele no cargo não configura nepotismo.

A interinidade na presidência deve-se, afirmou, ao fato de seu irmão ser o mais velho diretor da pasta.

O ministério confirmou que o contrato da Codevasf com a empresa Hidrosondas para a instalação de 91 poços em Pernambuco é oriundo de emenda parlamentar, mas não esclareceu por que as cidades atendidas são base eleitoral do filho do ministro.

Procurada, a Hidrosondas não ligou de volta.

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