Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Ex-senador cria 'governo paralelo' no Amapá e é preso ao fazer obra Sem licença ambiental, Borges construía um acesso rodoviário JEAN-PHILIP STRUCKDE SÃO PAULO Criador de um "governo paralelo" do Amapá, o ex-senador Gilvam Borges (PMDB) foi preso pela Polícia Militar anteontem ao começar a construir sem licença ambiental um acesso rodoviário na capital, Macapá. A obra é a primeira de uma série que o ex-senador diz que pretende executar à revelia do governo estadual, que é comandado por Camilo Capiberibe (PSB), cuja família é inimiga política de Borges. A verba para as obras, segundo a assessoria do ex-senador, está sendo levantada com doações de empresários locais que apoiam o "governo paralelo", que vem sendo anunciado por Borges desde o início deste ano na imprensa local e na internet. O ex-senador foi solto ainda na noite de anteontem. Na saída da delegacia, simpatizantes que o esperavam o carregaram pelas ruas. O advogado de Borges, Vicente Cruz, disse que entre as próximas iniciativas está um sistema de climatização numa maternidade estadual. Questionado se a intervenção é legal, disse já esperar "algum conflito com o governo". Outros projetos são a construção de 25 mil casas populares e até a inauguração de sede para o seu "governo". Procurado para comentar a iniciativa do ex-senador, o governo do Amapá afirmou, sem citar Borges, que "governar é tarefa de quem foi eleito para isso" e "desrespeitar a decisão popular é uma afronta à democracia". Aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), Borges perdeu seu mandato de senador no ano passado, quando João Capiberibe (PMDB), pai do atual governador, assumiu a vaga. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |