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Aumento de receita é dúvida em ano de recuperação

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

Apesar do congelamento anunciado, economistas duvidam que o governo conseguirá apertar as despesas novamente neste ano.

Em 2011, diante de uma receita além do esperado, o governo elevou a meta de esforço fiscal em R$ 10 bilhões e a economia total chegou a R$ 128 bilhões -equivalente a 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto). Neste ano, o governo almeja objetivo semelhante.

"Este ano vai ter algum aperto, mas nem tanto [quanto 2011]", diz o economista-chefe do banco Itaú, Ilan Goldfajn. "O governo precisa investir, tem Copa, Olimpíada, infraestrutura. O governo quer cumprir a meta fiscal, mas enfrenta limitações."

A estimativa do banco é que o esforço ficará em 2,5% do PIB. Além dos investimentos, Goldfajn lembra que as despesas serão maiores com o reajuste do salário mínimo.

Outro desafio é o aumento da receita do governo num ano em que a economia se recupera lentamente. A expectativa da Fazenda é de um crescimento de 4,5%, mas as projeções do mercado são mais modestas (3,3%).

Para o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, o governo pode elevar os dividendos pagos pelas estatais para engordar o caixa. Mas não contará com receita extra da concessão dos aeroportos, que somente virá nos próximos anos. Também há benefícios tributários anunciados que sugerem menos arrecadação do governo.

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