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Discrepância entre salários diminui a desigualdade

DE SÃO PAULO

A grande discrepância entre a evolução dos salários dos profissionais com ensino superior e daqueles com pouca escolaridade aproximou a renda desses grupos e reduziu a desigualdade do país.

Em alguns casos, cargos que não exigem nem ensino fundamental hoje oferecem remuneração próxima às recebidas por graduados.

Edital de concurso da Prefeitura de Vila Rica (MT) causou revolta nas redes sociais nos últimos dias ao revelar que o salário de professores de matemática, geografia e português eram menores que os de torneiro mecânico ou operador de escavadeira.

A seleção para professor exige curso superior do candidato que, caso aprovado, receberá R$ 1.246,32 por mês, por uma jornada semanal de 30 horas (R$ 41,54 por hora).

O torneiro mecânico, com fundamental completo, e o operador de escavadeira hidráulica, que pode ter fundamental incompleto, vão receber R$ 1.291,98 por 40 horas semanais (R$ 32,30 por hora).

Hely Fernandes, diretor de recursos humanos de Vila Rica, disse à Folha que o salário oferecido a professores segue o piso nacional da categoria. Segundo ele, operar escavadeira hidráulica exige capacidade técnica que poucos profissionais possuem.

João Saboia, da UFRJ, diz que o forte aumento do salário mínimo no governo Lula elevou a remuneração dos menos escolarizados.

Naércio Menezes, do Insper, afirma que foram abertas muitas vagas de pouca escolaridade no setor de serviços (garçons, cabeleireiros), aumentando a disputa por esses profissionais.

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