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Palácios entram na disputa eleitoral em SP Em lados opostos, Planalto e Bandeirantes manobram para ampliar apoios às chapas de seus candidatos Governos de Dilma Rousseff e de Geraldo Alckmin negociam atender pleitos de possíveis aliados NATUZA NERYCATIA SEABRA DE BRASÍLIA Em campos opostos na disputa pela Prefeitura de São Paulo, os palácios do Planalto e dos Bandeirantes já acionam suas engrenagens para tentar reforçar o arco de alianças de seus candidatos. A entrada na disputa do tucano José Serra, apoiado pelo governo do Estado, levou o PT e o governo federal a se moverem para evitar o isolamento da candidatura de Fernando Haddad (PT). A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, decidiu reabilitar os aliados PR e PDT, que tiveram ministros excluídos da Esplanada sob suspeita de irregularidades. As duas legendas ameaçam nos bastidores aderir à campanha de Serra ou lançar candidato próprio. A urgência é tanta que interlocutores de Dilma dizem que ela pode chegar à uma definição ainda nesta semana sobre quais pastas as siglas ocuparão. O apoio oficial dos partidos é disputado principalmente pelo fato de que o tamanho da aliança define o tempo que o candidato terá na propaganda de rádio e TV, ferramenta fundamental na disputa. Segundo a Folha apurou, não se descarta uma pequena dança de cadeiras na Esplanada dos Ministérios. Ontem à noite, a possibilidade considerada mais provável era o PR retornar ao Ministério dos Transportes, descolando o atual titular, Paulo Sérgio Passos, de suas funções. Eis outro dos desenhos estudados nos bastidores: entregar o Ministério da Agricultura ao senador Blairo Maggi (PR) e conduzir o atual ministro da área, Mendes Ribeiro (PMDB), aos Transportes. "Queremos saber se o governo quer o PR na base. Se não, a careca do Serra é linda", disse o presidente do PR, Alfredo Nascimento. O PDT, por sua vez, seguiria no Trabalho, mas não há consenso sobre o nome. BANDEIRANTES Já o PSDB tem a perspectiva, com a entrada de José Serra, de atrair um número maior de partidos interessados na aliança. A primeira baixa para o campo petista foi justamente o PSD de Gilberto Kassab, que há meses flertava com Fernando Haddad. Aliados históricos do PT, como PSB e PC do B, estão na base do governo Geraldo Alckmin e na própria prefeitura, o que gera uma disputa entre petistas e tucanos por esses apoios. O caso do PSB é simbólico. O presidente nacional do partido, governador Eduardo Campos (PE), já anunciou que apoiará Haddad. Mas o presidente estadual do partido, Márcio França, é secretário de Turismo de Alckmin. Ontem o governador subiu o tom e lembrou acordo firmado com Campos, segundo o qual o PSB apoiaria o PSDB em São Paulo em troca da adesão dos tucanos a candidatos socialistas em outras cidades. "Temos sim a expectativa de estarmos juntos, com o PSB não tendo candidato em São Paulo, até porque em outras cidades nós apoiamos o PSB", disse o governador. Alckmin refere-se à aliança firmada em torno de Jonas Donizette (PSB), candidato a prefeito de Campinas. Os tucanos desarmaram candidaturas na cidade em troca do apoio na capital paulista. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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