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Senador recebeu R$ 3 mi do grupo, afirma procurador

DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diz que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) recebeu R$ 3,1 milhões do esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "O valor total repassado para o parlamentar foi de R$ 3.100.000", diz Gurgel.

Segundo relatório do Ministério Público Federal a que a Folha teve acesso, interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo indicam que "R$ 1 milhão foi depositado na conta de Demóstenes".

Para a defesa do senador, a conclusão do procurador é "irresponsável e falsa".

Gurgel afirma que ao longo da apuração "fica evidente que os vínculos que unem o senador a Carlos Cachoeira extrapolam em muito os limites éticos exigíveis na atuação parlamentar, adentrando a seara penal".

Ele sustenta que Demóstenes agiu para favorecer economicamente o empresário.

"As tratativas entre eles envolveram os mais variados assuntos e, em todos, há a atuação decisiva do senador em prol dos interesses econômicos de Carlos Cachoeira."

Ao longo do texto de 40 páginas, o procurador elenca presentes recebidos pelo senador, o uso do mandato a favor de Cachoeira e a sociedade oculta com a Delta.

O advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que Gurgel fez uma afirmação que será desmentida com documentos.

"A quebra do sigilo vai mostrar que não houve isso", afirmou. (MÁRCIO FALCÃO, LEANDRO COLON E CATIA SEABRA)

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