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Dólar sobe e cotação ultrapassa R$ 1,90

Moeda americana tem valorização de 4,4% no último mês; presidente Dilma fala em defesa da indústria na TV

Para economista, mercado 'comprou' a ideia do governo de desvalorizar o real frente ao dólar

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

Incertezas sobre a economia europeia levaram o dólar à mais alta cotação no Brasil em mais de dois anos. Ontem, a moeda americana subiu 1% e fechou valendo R$ 1,907.

A alta do dólar vai ao encontro das intenções do governo de desvalorizar o real para dar competitividade à indústria brasileira e reativar o crescimento econômico, ainda enfraquecido.

Em discurso em rádio e TV ontem à noite, a presidente Dilma Rousseff voltou a falar em defesa da indústria.

"É preciso ainda que encontremos mecanismos que permitam uma diminuição equilibrada dos impostos para produtores e para consumidores. E também uma taxa de câmbio que defenda nossa indústria e nossa agricultura. Em suma, nossos empregos", disse a presidente.

O resultado até aqui, pelo menos no câmbio, está favorável ao governo. No último mês, o dólar teve alta de 4,4%. No ano, a valorização acumulada é de 2%.

O economista Bruno Lavieri, da consultoria Tendências, observa que os negócios ontem foram ditados pelo mercado externo. O dólar subiu em vários países devido a notícias ruins na Espanha.

Ainda assim, afirma Lavieri, a alta no Brasil foi maior que no México e na Austrália.

"O real se desvalorizou mais do que outras moedas porque os investidores compraram a ideia de que o governo não arredará o pé", diz.

Mesmo assim, para o economista Alfredo Barbutti, da corretora BGC Liquidez, ainda é cedo para dizer se o dólar ficará acima de R$ 1,90. Esta semana, diz, está marcada por incertezas que podem se dissipar nos próximos dias.

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