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Integrantes da CPI ameaçam ir à Justiça contra medidas de segurança

DE BRASÍLIA

Integrantes da CPI do Cachoeira ameaçam recorrer à Justiça contra o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que restringiu o acesso aos dados sigilosos solicitados pela comissão para balizar as investigações.

Por determinação do presidente, apenas três computadores darão acesso às milhares de páginas já encaminhadas à CPI. Os assessores parlamentares estão proibidos de manusear os documentos, algo inédito em CPIs, o que obrigará os congressistas a ir pessoalmente ouvir áudios e analisar o inquérito.

Os parlamentares também estão proibidos de entrar nos boxes dos computadores com celulares e não podem reproduzir os documentos. Os computadores foram preparados para impedir cópias magnéticas, acesso à internet ou impressão.

"A sistemática que ele adotou liquida os trabalhos da CPI, inviabiliza por completo. Teremos zero de investigação", afirmou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que disse que irá à Justiça para ter direito de sua assessoria manusear os documentos.

Uma das preocupações do presidente é que parlamentares cruzem as informações com bancos de dados de outras CPIs. O Congresso, por exemplo, já investigou Carlos Cachoeira na CPI dos Bingos.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que o presidente da CPI está "tratando parlamentares como se fossem parentes de Cachoeira indo visitá-lo no presídio".

Para burlar a restrição de entrar na sala com celular, ele promete levar o aparelho escondido. "Não tem gente que esconde dinheiro na cueca? Só falta vistoriarem as partes íntimas."

Vital do Rêgo disse que as críticas são precipitadas, mas não descarta recuar das medidas.

(ANDREZA MATAIS, GABRIELA GUERREIRO E ERICH DECAT)

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