Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Sob pressão de Dilma, Flores deixa a Previ Executivo será substituído por Dan Conrado, vice-presidente do BB, a partir de 1º de junho NATUZA NERYANDREZA MATAIS DE BRASÍLIA Por determinação do Palácio do Planalto, Ricardo Flores renunciou ontem à presidência da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Ele deu lugar a Dan Conrado, vice-presidente de varejo do BB. O conselho deliberativo do fundo aprovou o nome de Conrado para comandar a Previ de 2010 a 2014. Flores poderia ficar no cargo por mais quatro anos. Ontem, ele mal conseguiu concluir a leitura de sua carta-renúncia. Foi às lágrimas. Nos últimos dias, já resignado com sua saída, Flores foi atendido em um último pedido: "Gostaria apenas de completar dois anos aqui". Ele se desligará oficialmente do fundo no dia 1º de junho, quando completa o período. DISPUTA A demissão põe fim a uma queda de braço entre Flores e o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Para que não saísse atirando, foi feito um acordo -cumprido à risca. O conselho deliberativo da Previ arquivou processo para investigar operação suspeita de compra de imóvel feita por Flores. O caso, revelado pela Folha, passou a ser investigado pelo Ministério Público e levou o conselho diretor do Banco do Brasil, patrocinador do fundo de pensão, a pedir sua saída por "grave infração de natureza ética e quebra de confiança". Flores deve assumir o comando da Brasilprev, subsidiária do Banco do Brasil, como prêmio de consolação. Carioca, Dan Conrado, 47, é funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 1980, quando tomou posse como menor aprendiz. É bacharel em direito com MBA pela Fundação Coppead. No Banco do Brasil, exerceu todos os cargos na hierarquia da empresa, ocupando funções de administrador de agência, superintendente regional e superintendente de SC, MT, PB, RO e MS. Foi diretor de Marketing e Comunicação e de Distribuição em SP, sendo responsável pela integração do Banco do Brasil com a Nossa Caixa. BENDINE O novo presidente da Previ é ligado a Aldemir Bendine e ao ex-vice-presidente de Governo Ricardo Oliveira, primeiro a renunciar por conta da guerra entre as cúpulas do Banco do Brasil e da Previ. Conrado assumirá uma instituição com 192,6 mil participantes e ativos na casa dos R$ 150 bilhões. O dinheiro da Previ é proveniente das contribuições dos trabalhadores e do BB. Os recursos são investidos em ações, imóveis, títulos e grandes obras. Pela quantidade de dinheiro que administra, é um instrumento importante para o governo viabilizar investimentos em áreas estratégicas. Não por acaso, a Previ está diretamente envolvida em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), bandeira do governo e uma das bases para sustentação do crescimento da economia. Colaborou SHEILA D'AMORIM, de Brasília Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |