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Foco Em vez de interrogar, membros de CPI aplaudem e rasgam elogios a Agnelo DE BRASÍLIAEm seu depoimento à CPI do Cachoeira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), foi alvo -só que de elogios e aplausos. O petista foi aplaudido pelo menos três vezes ao longo de dez horas de sessão. Congressistas da base aliada chegaram a dar gritos em favor de Agnelo, que foi convocado para explicar a suspeita de que membros da sua gestão eram ligados ao empresário Carlinhos Cachoeira. A primeira salva de palmas veio quando o governador ofereceu a abertura dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. A segunda, quando ele aceitou assinar um documento pelo qual se comprometia de fato a fazer isso. E a terceira, ao fim da sessão. "O PSDB agora acabou, o Perillo [governador tucano de Goiás, que anteontem não aceitou abrir seu sigilo à CPI] tem medo, o Agnelo, não", esbravejou o deputado Silvio Costa (PTB-PE). Também aplaudiram Jilmar Tatto (PT-SP), Cândido Vaccarezza (PT-SP), Humberto Costa (PT-PE), Luiz Sérgio (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE), Ronaldo Fonseca (PR-DF), Fernando Collor (PR-AL), dentre outros. A índole do governador também mereceu comentários dos congressistas. "Seus filhos estão mais orgulhosos do senhor", continuou Costa. Líder do PT na Câmara dos Deputados, Tatto disse que o "povo do Distrito Federal deve ter orgulho do seu governo e a sua família". Até o relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), que tem o poder de sugerir o indiciamento de pessoas envolvidas no esquema, elogiou o desempenho do petista. Empolgada, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) disse que qualquer um aplaudiria Agnelo: "Eu tenho certeza de que os membros da imprensa que aqui estão, se não estão aplaudindo fisicamente, estão aplaudindo internamente." Durante a sessão de anteontem, Marconi Perillo também foi aplaudido, de maneira menos efusiva, por uma claque de Goiás que o acompanhou na comissão. Agnelo também levou a sua. Mais de 30 aliados acompanharam o depoimento em uma sala ao lado da comissão. Quando Agnelo deixou a CPI, o grupo passou a gritar nos corredores do Senado: "Chega de mentira, deixa o homem trabalhar". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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