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Após perder na Justiça, Cachoeira tem 'surto' e xinga agente prisional

Advogada diz que empresário 'teve uma descompensação séria'

CATIA SEABRA
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA

No dia em que sofreu duas derrotas judiciais, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, teve um "pequeno surto", quase brigou com um companheiro de cela e xingou um agente do Departamento Penitenciário Nacional.

Já acusado de comandar um esquema de jogos ilegais, ele pode ser agora processado por desacato, crime pelo qual foi autuado.

Segundo seus advogados, durante o jantar anteontem no Presídio da Papuda em Brasília, Cachoeira discutiu com outro preso sobre o canal a ser sintonizado na TV.

O outro detento queria assistir a um programa policialesco, mas o empresário insistia em assistir a algo mais tranquilo. Os dois começaram a trocar gritos e quase se agrediram fisicamente.

Diante da confusão, um agente penitenciário interveio e exigiu que Cachoeira colocasse as mãos para trás, ficando em "posição de segurança". O empresário se recusou e xingou o agente.

A advogada Dora Cavalcanti, da equipe que defende Cachoeira, disse que ele "teve uma descompensação séria" e não estava bem desde a manhã de quinta.

"O psiquiatra foi hoje [ontem] reavaliar medicamentos e o que nos preocupa é a saúde mental", afirmou. A expressão "pequeno surto" foi cunhado por outro defensor.

No mesmo dia da discussão, o Tribunal de Justiça do DF tinha decidido mantê-lo preso, e o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça, cassou liminar que lhe dava liberdade. A defesa recorrerá das duas decisões.

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