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Análise

Partido se afasta do PT, mas copia sua fórmula para chegar ao poder

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O estranhamento entre PT e PSB tem a ver com a perspectiva de poder futuro que as duas siglas vislumbram.

De um lado, o PSB deseja se distanciar do aliado de sempre para tentar um voo solo mais adiante.

Já o PT quer manter o casamento, mas a poligamia partidária à qual se submete o impede de ser mais fiel para manter o parceiro.

O Brasil tem hoje 30 partidos. Todos desejam chegar ao poder, mas sabem como essa caminhada é improvável para a grande maioria.

Fora do establishment e sem integrantes da elite estabelecida, só uma sigla prosperou de maneira sólida desde 1985, quando acabou a ditadura: o PT. Todos os outros partidos herdaram esquemas prontos de poder, foram mudando de nome, criando novas legendas, mas suas raízes são parecidas, do PMDB ao PP, do PSDB ao DEM.

A fórmula do PT foi simples. Perseverou durante anos com poucas alianças. Teve candidatos próprios a cargos relevantes. Persistiu na promoção de seus líderes autoproduzidos. Luiz Inácio Lula da Silva só se elegeu presidente na sua quarta tentativa de conquistar o cargo.

É comum partidos argumentarem que o certo é repetir a fórmula petista. Mas a urgência de alianças acaba obstruindo o uso da estratégia.

Legenda que já foi comandada por Miguel Arraes (1916-2005) e hoje é liderada por seu neto Eduardo Campos, o PSB olha para 2014 e 2018 com esperança de ser lá na frente o que os petistas são hoje. Mas como política não é uma ciência exata, é impossível vaticinar se Campos prosperará onde outros tentaram e só o PT deu certo.

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