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Eleições 2012

Haddad critica Kassab por repressão a camelôs em SP

Petista acusa prefeito de perseguir ambulantes e promete 'diálogo' com setor

Candidato pede apoio a vendedores na zona leste; secretário afirma que prefeitura zela pela ordem urbana

Danilo Verpa/Folhapress
Fernando Haddad (PT) cumprimenta policial na zona leste
Fernando Haddad (PT) cumprimenta policial na zona leste

DE SÃO PAULO

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, acusou o prefeito Gilberto Kassab (PSD) de perseguir camelôs e prometeu, se eleito, trocar a repressão pelo "diálogo" com o setor.

Ele pediu apoio a ambulantes ontem ao percorrer barracas de rua em São Mateus (zona leste). Na semana passada, fez o mesmo em São Miguel Paulista (zona leste) e Santo Amaro (zona sul).

"Tá sofrendo muito com o Kassab?", perguntou Haddad ao abordar a camelô Patrícia Figueira, 39. "Fica tranquila que nós vamos conversar com vocês", prometeu o petista.

Quando ele se afastou, a ambulante reclamou do prefeito, mas disse não saber o nome do candidato que tinha acabado de cumprimentar.

O vendedor Raimundo Nascimento, 64, também disse concordar com as críticas de Haddad. "Esse homem não é muito conhecido, né? Mas eu vou votar no PT."

Ao fim da visita, o candidato criticou o uso da chamada operação delegada, convênio da prefeitura com a PM, para reprimir ambulantes.

Em maio, Kassab revogou decreto que autorizava o comércio de rua. As barracas voltaram graças a decisão da juíza Carmem Trejeiro, da 5ª Vara de Fazenda Pública.

"A maior revolta é quando a pessoa estava regular há 15 ou 20 anos", disse Haddad. "Não tem cabimento."

O vereador José Américo (PT) acusou a prefeitura de usar "truculência e irracionalidade" contra os camelôs.

O secretário Marcos Cintra (Desenvolvimento Econômico e Trabalho) contestou as críticas e disse que a prefeitura fará shoppings populares para realocar vendedores "com o mínimo de ordem".

Haddad usou o corpo a corpo de ontem para procurar alunos beneficiados por suas políticas no Ministério da Educação. Foi surpreendido por críticas de uma eleitora.

"Eu já desisti do ProUni. De cada cem pessoas que tentam, só uma consegue bolsa", reclamou a vendedora Márcia Silva, 39, que pretendia cursar administração.

Constrangido, o petista respondeu que o programa já teria beneficiado mais de 120 mil paulistanos.

(BERNARDO MELLO FRANCO)

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