Mensaleiras

Com que roupa?
A equipe de segurança do Supremo distribuiu paletós para os visitantes que, desavisados, desconheciam a exigência da peça para entrar no plenário da corte.

Etiqueta
Os advogados do caso reclamavam de ter recebido um manual de boas maneiras. Anexado ao relatório enviado aos defensores, um panfleto proibia conversas, bebidas, alimentos e usos de celular.

Temos vagas
Sem a presença dos réus na audiência, sobravam 50 cadeiras vazias. O plenário nem parecia o palco da apinhada sessão que transformou os investigados em réus. Os 11 visitantes que assistiam num telão de outro prédio foram levados a engordar a plateia.

Sangue
Ao descrever seu estado de espírito, o veterano Márcio Thomaz Bastos se confessava nervoso: "É sempre assim. Quero que o prédio exploda".

Silêncio
O debate no plenário na Câmara sobre o julgamento foi ignorado. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidiu impedir que os deputados se manifestem sobre o tema. Na quarta, líderes da oposição e do PT se revezaram na tribuna com discursos sobre o caso. No jornal da Casa distribuído ontem, não há nenhuma menção a eles.

Quem avisa...
Alberto Toron, advogado de João Paulo Cunha (PT-SP), foi alertado por colegas que não deveria tentar uma questão de ordem sobre o uso de PowerPoint, pois pareceria mera tentativa de protelar a ação. Insistiu e foi desautorizado por Ayres Britto.

Memória
Um dos argumentos de Lewandowski e Marco Aurélio para defender o desmembramento do processo foi o de que a medida foi adotada no caso do chamado "mensalão mineiro", no qual o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi acusado de usar esquema de Marcos Valério na sua campanha para o governo de Minas em 1998.