Eleições 2012

Favorito à reeleição no Rio, Paes é principal alvo dos adversários

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), foi o principal alvo dos quatros adversários no primeiro debate entre os principais candidatos à Prefeitura do Rio. Ele teve suas políticas públicas criticadas e foi vinculado até a milícias.

No momento mais tenso, o deputado Marcelo Freixo (PSOL) ligou Paes a grupo criminosos na zona oeste na definição da regra de licenças para as vans: ele disse que o prefeito se reuniu com criminosos para definir o edital.

"Entreguei o relatório da CPI nas suas mãos. Mesmo assim, em 2009 você se reuniu com indiciados pela CPI e fez a licitação por cooperativas", disse Freixo, para quem a licenças individuais acabaria com a interferência das milícias (grupos criminosos formados por policiais) no transporte alternativo.

Em outro momento, o socialista afirmou que milícias "ajudaram a eleger até prefeito nesta cidade". Paes não respondeu ao questionamento e defendeu sua política de transporte. Ele não fez contra-ataques e buscou defender sua gestão citando iniciativas tomadas pelo governo.

Citou projetos planejados há anos no município, como revitalização da zona portuária e a construção de corredores exclusivos de ônibus, que ele começou a executar em sua gestão. "A prefeitura investe nos transportes. Vamos sair de 18% se locomovendo em transporte de massa para 60%", disse Paes.

O deputado Rodrigo Maia (DEM) abriu mão de questionar diretamente Paes por duas vezes para perguntar a Freixo, mas os temas foram usados para criticar Paes.

Os dois usaram ainda problemas na gestão do governador Sérgio Cabral (PMDB), aliado de Paes, para atacar o peemedebista. "Há fracasso da política de segurança pública do PMDB, que faz muita propaganda mas pouco resolve", disse Maia.

Ao criticar o investimento em corredores de ônibus em vez de no metrô, Freixo citou as viagens de Cabral: "Em Paris, Londres, cidades muito frequentadas pelas lideranças do PMDB, investem em transporte sobre trilhos".

Maia defendeu também projetos iniciados por seu pai, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), como o Favela Bairro e o Remédio em Casa. Ele afirmou ainda que Paes, em sua gestão, "perseguiu camelôs".

O deputado Otávio Leite (PSDB) criticou o símbolo da revitalização da zona portuária -a derrubada do elevado da Perimetral- e pediu a suspensão da obra.