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Russomanno manda Kassab 'enfiar rabo entre as pernas'; Serra revida

'E o rabo dele?', diz tucano; prefeito afirma que só debaterá ideias

DE SÃO PAULO

Candidatos à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB) e José Serra (PSDB) se atacaram abaixo da linha da cintura. Literalmente.

Na manhã de ontem, Russomanno disse que o prefeito Gilberto Kassab (PSD), aliado de Serra, deveria "enfiar o rabo entre as pernas" e estudar segurança pública.

Na véspera, Kassab havia dito que o candidato quer "criar uma milícia" ao prometer cadastrar e dar rádios e uniformes para que vigias noturnos ajudem a polícia.

"Ele [Kassab] devia estudar um pouquinho sobre segurança pública. Não sabe absolutamente nada, não fez nada para a segurança. Devia enfiar o rabo no meio das pernas e cuidar das coisas dele", rebateu Russomanno.

Confrontado sobre a frase, à tarde, Serra chamou de "vulgar" e "grosseira" a afirmação do adversário. "Russomanno vive dizendo que quer debater a cidade, mas quando é questionado, parte para a grosseria", disse.

"Foi muito indelicado, Até porque abre espaço para a pergunta: 'o que ele vai fazer com o rabo dele?'", continuou Serra. O tucano afirmou que Russomanno faz propostas "que já existem".

"O que [Russomanno propõe e] é certo já existe, e o que é novo é bobagem", disse.

Russomanno também promete elevar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana de "6.300 para 20 mil homens". A prefeitura afirma que o custo final superaria R$ 1 bilhão.

Para Theo Dias, especialista em segurança comunitária, "é uma medida demagógica, parte de um discurso simplista". "É o que Jânio Quadros falou há 20 anos."

Procurado, o prefeito afirmou: "Não é no fim do meu mandato que deixarei de ter um comportamento adequado. Continuarei debatendo ideias e repondo a verdade quando necessário."

A prefeitura afirmou que, para o efetivo chegar a 20 mil homens, precisariam ser contratados em média 3.500 guardas por ano, com seis meses para o concurso e outros seis para o treinamento.

Russomanno disse que vai "achar mecanismos" para viabilizar concursos e treinamento. "Hoje a guarda civil não tem como formar 1.500 homens por ano. Mas quero elevar [o efetivo] e vou achar mecanismos para fazer."

(DIÓGENES CAMPANHA, DANIELA LIMA E EDUARDO GERAQUE)

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