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Eleições 2012

Na TV, Dilma liga programas federais a eleição de Haddad

Presidente estreia em campanha dizendo que ela e o candidato podem "consolidar projetos fundamentais"

Aparição dela no horário eleitoral em São Paulo foi antecipada para tentar apressar subida do petista

DE SÃO PAULO
DE BELO HORIZONTE

Em sua estreia na campanha de Fernando Haddad (PT), a presidente Dilma Rousseff disse que, com ele na Prefeitura de São Paulo e ela no Planalto, "podemos consolidar projetos fundamentais do governo federal".

Num depoimento de 30 segundos exibido ontem no programa de TV de Haddad, Dilma apresentou o candidato como "a pessoa certa para comandar a grande transformação de que São Paulo precisa" e listou iniciativas federais que supostamente se fortaleceriam na capital paulista com a eventual eleição do petista, como o Minha Casa Minha Vida e o ProInfância.

O PT adiantou a entrada da presidente Dilma Rousseff no horário eleitoral para tentar apressar a subida de seu candidato nas pesquisas.

Haddad cresceu nas últimas sondagens, mas ainda aparece com 16% das intenções de voto. Ele está tecnicamente empatado com o segundo colocado, José Serra (PSDB), que teve 21% na última rodada do Datafolha.

A informação de que o testemunho da presidente seria levado ao ar foi antecipada pela colunista Mônica Bergamo no site da Folha. Originalmente, a fala de Dilma só seria usada após o dia 15 -isso se a presidente aceitasse gravar no primeiro turno.

O objetivo é usar a presidente como chamariz para o eleitorado de classe média, segmento em que a influência dela seria maior do que a do ex-presidente Lula.

Também ontem à noite, Dilma fez sua primeira aparição no programa do candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias.

Afirmou que terá "alegria" e "tranquilidade" caso ele seja eleito, destacou o papel de Patrus na implantação do Bolsa Família (como titular do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e, parafraseando o bordão de campanha do próprio, definiu-o como "um prefeito de ação e de coração".

ENEM

No rádio, a campanha de Serra usou uma vinheta musical para criticar Haddad por falhas no Exame Nacional do Ensino Médio quando o petista era ministro da Educação. O Enem colecionou percalços nos últimos três anos, do roubo de provas numa gráfica à impressão de testes com questões duplicadas.

A letra da música faz um trocadilho com o nome do adversário: "Ah! Dá de ele fazer com a cidade o que fez com o Enem". Emenda com um "aí eu vou chorar para quem?" e arremata insistindo na rima: "Esse sim [Serra] é nota cem".

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