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Barbosa cita Dilma para reforçar acusação

DE BRASÍLIA

Um depoimento da presidente Dilma Rousseff como testemunha no processo do mensalão foi usado ontem pelo ministro Joaquim Barbosa para indicar como a atuação dos réus pode ter influenciado votações na Câmara nos primeiros anos do governo Lula.

Barbosa cita o trecho em que Dilma diz ter ficado "surpresa", vendo "com os olhos de hoje", com a rapidez com que o projeto que tratava do marco regulatório do setor elétrico foi aprovado por deputados em 2004.

Na época, Dilma era ministra de Minas e Energia. A medida provisória do marco regulatório levou três meses para ser aprovada na Câmara.

No testemunho dado à Justiça em 2009, Dilma citou que o processo foi comandado pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), que foi réu da ação. Ele morreu em 2010.

Dilma afirmou que a tramitação célere chamou atenção porque foram apresentadas mais de mil emendas.

Barbosa não citou outros trechos do depoimento. Em um deles Dilma nega que "houve pedido de vantagem financeira" por parte de Janene ou de outra pessoa.

Essa foi a primeira referência ao depoimento da presidente no julgamento.

Ao longo do processo, Dilma defendeu, mais de uma vez, o discurso dos réus. Ela afirma que não há provas do mensalão e que houve apenas "empréstimos para pagar dívidas de campanha".

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