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Análise

Mensalão tirou 10% dos votos dos paulistanos que iriam para Haddad

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Como o Datafolha descobriu que 81% dos paulistanos não mudaram seus votos para prefeito de São Paulo por causa do mensalão, muitos petistas se sentiram aliviados. Mas a notícia não foi tão boa assim para o PT quando são analisados os 19% que se incomodaram com o caso agora sendo julgado no Supremo Tribunal Federal.

Segundo a pesquisa, 10% dos eleitores paulistanos deixaram de votar em Haddad por causa do mensalão.

Outros 4% abandonaram José Serra (PSDB) pelo mesmo motivo e 2% desertaram Celso Russomanno (PRB).

Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força (PDT) perderam 1% cada um. E 1% não souberam responder.

Há uma hipótese clássica para não petistas perderem votos na esteira do mensalão: quando ocorre um escândalo em Brasília, políticos famosos também registram danos em suas imagens -uma decorrência do estereótipo reducionista segundo o qual "eles são todos iguais".

Já no caso de Fernando Haddad, há uma ligação direta. Ele é do PT. Se o mensalão não existisse, o candidato petista teria potencialmente mais dez pontos percentuais de intenção de voto. Iria de 18% a 28%, patamar tradicional do partido na cidade.

Nesta semana, devem começar a ser julgados políticos importantes do PT, como José Dirceu e José Genoino. Os telejornais vão noticiar todos os dias, até a eleição.

Se algum candidato vier a perder voto de maneira mais robusta em decorrência deste escândalo, o Datafolha indica que esse político será Fernando Haddad.

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