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Petista recebe apoio de Chalita e mira eleitor religioso

Danilo Verpa/Folhapress
Gabriel Chalita (PMDB) cumprimenta Fernando Haddad (PT) em ato em que seus partidos formalizaram apoio no 2º turno
Gabriel Chalita (PMDB) cumprimenta Fernando Haddad (PT) em ato em que seus partidos formalizaram apoio no 2º turno

DE SÃO PAULO

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, recebeu ontem o apoio do PMDB de Gabriel Chalita em busca de um elo com o eleitorado religioso.

Enquanto o candidato derrotado do PMDB transita bem nesse grupo, Haddad enfrenta resistência de religiosos devido ao chamado "kit gay", material anti-homofobia elaborado para o Ministério da Educação em sua gestão.

Chalita está encarregado de aproximar Haddad do eleitorado católico e defendê-lo de pastores evangélicos que o acusam pelo material.

O peemedebista deve reeditar sua atuação na campanha presidencial de 2010, quando defendeu a então candidata Dilma Rousseff de polêmica sobre a legalização do aborto.

A estratégia começa a ser executada na manhã de hoje, dia de Nossa Senhora Aparecida, quando os dois irão a uma missa na zona leste.

Ontem, o petista já relacionou uma longa lista de referências religiosas, mas disse que não queria usar isso para "sensibilizar o eleitorado".

Haddad, cristão ortodoxo, disse que seu avô era líder religioso e que visita todo ano a cripta com os restos mortais dele em uma igreja. Afirmou que sua mãe é religiosa e tem obra social em uma favela.

Também reagiu às críticas do pastor Silas Malafaia, que apoia José Serra (PSDB) e disse que vai "arrebentar" o petista por causa do "kit gay".

Haddad acusou Serra de "trazer um pastor do Rio" para ofendê-lo. "Não posso responder ao submundo da política", afirmou.

Ao anunciar o apoio, com o vice-presidente Michel Temer, Haddad e Chalita tentaram desvincular a aliança de negociações sobre troca de cargos, mas disseram que farão um governo de coalização. A aliança prevê a entrega de secretarias ao PMDB caso Haddad vença.

Os dois afirmaram que o acordo se baseia em propostas e assinaram um termo com promessas de Chalita que devem ser incorporados ao programa petista.

O apoio foi fechado mesmo sem acordo sobre aliança em Natal, onde o PT local resiste a apoiar o PMDB e prefere o candidato do PDT. O impasse adiou o anúncio da aliança em São Paulo anteontem.

Ontem, foi decidido que o ex-presidente Lula e Dilma não farão campanha na cidade.

(BERNARDO MELLO FRANCO, CATIA SEABRA E LUIZA BANDEIRA)

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