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Saúde e discurso de classes são últimas armas na TV e no rádio

Serra volta a atacar posição do PT sobre modelo em que entidades privadas gerenciam hospitais

Em despedida, Haddad fala em 'derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre'

DE SÃO PAULO

No último dia de propaganda no rádio e na TV, a campanha de José Serra (PSDB) voltou a investir contra a ambiguidade de Fernando Haddad (PT) em relação às parcerias da prefeitura que entregam a organizações sociais a gestão de hospitais e unidades de saúde municipais.

Já o front petista repisou o discurso da proximidade com setores desfavorecidos da população, em retórica que encadeou trechos como "aos que se sentem sós e abandonados" e "derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre".

O PSDB repetiu que o partido rival "quer acabar com as parcerias da prefeitura, o que ameaça hospitais, AMAs [Assistência Médica Ambulatorial] e até o programa Saúde da Família". Também veiculou novamente entrevista na qual Haddad diz que "quem tem de administrar hospitais é o poder público".

A administração de equipamentos de saúde virou o mais conflagrado campo de batalha na reta final da campanha para prefeito de São Paulo, com acusações de lado a lado. Os tucanos lembraram que o PT questionou no STF o modelo que delega a entidades privadas a condução -com verba pública- de bens governamentais.

Além disso, o programa de governo de Haddad prevê "retomar a direção pública [...] do sistema de saúde".

Em resposta às estocadas, os petistas vêm acusando Serra de apoiar lei estadual que prevê a destinação de 25% dos leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) a planos de saúde particulares. Haddad também promete construir os três hospitais que o prefeito Gilberto Kassab, aliado de Serra, prometera em 2008, mas ainda não tirou do papel.

PARCERIAS

Ontem, Haddad disse no rádio que, se eleito, iria "aprofundar a parceria da prefeitura com o Santa Marcelina", uma das entidades do sistema de terceirização.

Na TV, o petista foi apresentado como "o prefeito das grandes parcerias", com depoimentos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

Serra usou a despedida televisiva para alardear valores ligados a experiência e maturidade e listar propostas (como estender o Bilhete Único) que buscam desvinculá-lo do rótulo de elitista.

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"A ideia original de ampliar a duração do Bilhete Único é minha. Todos sabem disso!
LEVY (PRTB), à la "a César o que é de César"

No Facebook de Chalita (PMDB), nada de eleição: só frases de seus livros, do tipo "Calejado pelas rajadas vigorosas da paixão..."

ELEI... O QUÊ?
Já Russomanno (PRB), que quase chegou lá, lembra na web até que domingo é Dia do Servidor Público; sobre eleição, nenhuma linha

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