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Taxa de reeleição de prefeitos diminui nas grandes cidades

Em 2008, 86% dos que tentaram se reeleger em grandes centros venceram; agora, índice pode chegar só a 72%

Todos os petistas que tentaram novo mandato nesses municípios em 2008 tiveram êxito; hoje desempenho é pior

DE BRASÍLIA

Há um fenômeno em curso nos grandes centros urbanos: os eleitores estão mais refratários a candidatos a prefeito que tentam a reeleição.

Houve uma queda significativa na taxa de sucesso dos políticos que concorreram a mais um mandato neste ano na comparação com 2008.

Para fazer esse cálculo foram consideradas as 85 cidades mais relevantes (G85): 27 capitais e 59 municípios do interior que têm mais de 200 mil eleitores e nos quais pode haver segundo turno.

Esse universo abriga 50,8 milhões de eleitores, o equivalente a 37% dos brasileiros habilitados a votar neste ano.

Em 2008, candidataram-se à reeleição 51 prefeitos no G85. Desses, 44 conseguiram vencer. Ou seja, uma taxa de sucesso alta, de 86,3%.

Em 2012, o número de prefeitos candidatos à reeleição nesse grupo foi de 40. Quando se consideram os já reeleitos no primeiro turno e os que ainda tentam a sorte amanhã, o número pode chegar a 29 -taxa de sucesso de 72%.

Mas o percentual deve ficar mais baixo, pois é improvável que todos os candidatos à reeleição vençam. Um sinal de que o eleitor está menos propenso a repetir o voto foi visto já no primeiro turno.

A tendência pode ser percebida de maneira generalizada entre os partidos médios e grandes. No PT, em 2008 a sigla teve 100% de sucesso: nove prefeitos tentaram e os nove foram reeleitos dentro do G85. O PSDB teve desempenho semelhante: nove tentaram e oito foram reeleitos.

Agora, os percentuais são menos favoráveis. Dos 12 candidatos a reeleição filiados ao PT, só 5 tiveram sucesso no primeiro turno. No máximo outros três podem ganhar.

Até ontem, havia pesquisas disponíveis em 48 das 50 cidades nas quais haverá segundo turno neste domingo.

As sondagens indicam que o PT deve continuar a liderar em número de prefeitos em grandes centros urbanos.

Hoje, os petistas têm 21 prefeitos no G85. Considerados os candidatos competitivos (em primeiro lugar nas pesquisas, isolados ou não), pode ficar com 20 cidades.

Abaixo do PT há chance de inversão de posições. O PMDB, hoje com 15 prefeitos pode perder o posto para o PSDB, que tem nove. Pesquisas mostram que o PMDB pode chegar a 11 prefeituras no G85, e o PSDB, a 17.

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