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Petista deve manter hegemonia em Guarulhos

Sebastião Almeida pode confirmar 16 anos de poder no segundo colégio eleitoral de SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após uma campanha marcada por farta troca de acusações entre petistas e tucanos, Guarulhos, na Grande São Paulo, deve reeleger hoje o prefeito Sebastião Almeida (PT) e confirmar 16 anos de hegemonia vermelha no segundo maior colégio eleitoral do Estado.

Almeida superou a frustração de não liquidar a disputa já no primeiro turno por cerca de dois mil votos, obteve o apoio de dois adversários de partidos de direita, o PP e o DEM, e chega com confortável vantagem nas pesquisas para vencer mais uma vez Carlos Roberto (PSDB).

Em 2008, o tucano também foi o rival do segundo turno.

O petista contou ainda com o empenho do ex-presidente Lula, com quem dividiu o palanque em dois comícios na cidade, sendo que o último ocorreu nesta semana.

Foi Lula, aliás, quem fez um dos ataques mais polêmicos ao adversário do PSDB. Na noite de segunda-feira, o líder petista acusou o candidato tucano de recolher e não pagar INSS dos funcionários de sua empresa, que já foi condenada pela Justiça por sonegação fiscal.

O tema já havia sido explorado pela campanha de Almeida em panfletos distribuídos na cidade.

Carlos Roberto rebateu dizendo que o processo judicial é resultado do "efeito Lula" na eleição presidencial de 2002, quando houve alta do dólar. O tucano acionou a Justiça porque o uso do episódio na campanha pelo PT já havia sido proibido pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Já Almeida foi acusado pelo rival de desvio de dinheiro na prefeitura para uma ONG da família. O caso foi arquivado pelo Ministério Público.

E não foram só nos ataques com guerra de panfletos que a campanha em Guarulhos pareceu com a corrida pela Prefeitura de São Paulo. No campo dos propostas, Almeida e Carlos Roberto reproduziram promessas feitas por Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) na capital.

O prefeito petista prometeu novos CEUs, corredores de ônibus, bilhete único, UPAs, creches e moradias populares em parceria com o governo federal. Já o tucano disse que vai investir em metrô, cursos profissionalizantes e colocar organizações sociais na gestão da saúde.

(FABIO LEITE)

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