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Rose providenciou diploma falso para ex-marido ganhar emprego

Certificado garantiu nomeação no conselho de seguradora do BB

MARIO CESAR CARVALHO JOSÉ ERNESTO CREDENDIO DE SÃO PAULO

Rosemary Noronha, ex-assessora da Presidência, conseguiu um diploma falso de bacharel em administração para seu ex-marido, diz relatório da PF obtido pela Folha.

O certificado era necessário para que seu ex, José Cláudio Noronha, ingressasse no conselho de administração da Brasilprev, seguradora controlada pelo Banco do Brasil.

A empresa não informou quanto ele recebia de jeton por participar de reuniões. Conselheiros do BB recebem R$ 19,7 mil para ir a uma reunião, semestral ou anual.

O diploma foi obtido por Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas, preso sob acusação de liderar um grupo que fazia tráfico de influência no governo.

O certificado foi emitido em 2009 pelo Centro de Ensino Superior de Dracena, no interior paulista. O diploma foi registrado na Universidade Federal de São Carlos, conforme exige o Ministério da Educação para certificados de faculdades particulares.

Em 2009 aparecem os primeiros e-mails entre Rose e Vieira sobre o certificado. No dia 1º de abril, ela cobra "o diploma de JCN", iniciais do ex. Resposta: "A questão de JCN encontra-se em fase de registro no órgão do MEC [...]". Ele promete solução para maio.

Em 4 de maio, Rose pergunta qual será a formação do ex. "Baixaréu em administração", responde Vieira (o termo em português é bacharel).

Só em novembro o diploma é enviado ao ex-marido, segundo e-mail interceptado. Rose agradece: "Finalmente! Obrigadaaaaaaaaaaaaaaa".

CYONIL

A PF descobriu que Cyonil Borges, ex-auditor do Tribunal de Contas da União que recebeu R$ 100 mil de Vieira e depois decidiu denunciá-lo, também teve ajuda para obter diploma de advogado.

Vieira ajudou Cyonil a validar cinco disciplinas que ele não cursara na FMU (Faculdade Metropolitana Unidas) -entre elas, estavam ética e filosofia. Usou a mesma escola de Dracena para isso.

Em abril de 2011, Cyonil comunicou a irregularidade à FMU. Logo depois, foi à PF.


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