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Mais de 700 magistrados são investigados, diz CNJ

Banco de dados organizado pelo conselho não informa o nome dos juízes suspeitos

FELIPE SELIGMAN
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Existem no Brasil ao menos 704 investigações abertas contra magistrados nas corregedorias de tribunais estaduais para apurar supostas irregularidades cometidas no exercício do cargo.
As informações estão disponíveis desde ontem em um banco de dados organizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a partir de estatísticas das próprias cortes. A medida, segundo o CNJ, visa "dar mais transparência aos processos disciplinares contra juízes e desembargadores nas corregedorias locais".
A iniciativa da divulgação é do presidente da instituição, Cezar Peluso, e foi motivada por recente polêmica que provocou embate público entre ele e a corregedora do CNJ, Eliana Calmon.
Na época, a corregedora disse que um possível enfraquecimento do CNJ abriria espaço aos "bandidos de toga".
Ela defende que o conselho investigue juízes independentemente dos processos estaduais. Peluso trabalha para que o CNJ priorize o monitoramento do trabalho das corregedorias locais, deixando as investigações individuais para último caso.
Ontem, o sistema passou o dia em atualização de dados. Até o fechamento desta edição, a ferramenta indicava a existência de 704 processos.
De acordo com os dados divulgados, o tribunal com maior número de casos é o do Piauí, com 211, seguido por São Paulo (134), Amazonas (59) e Minas Gerais (52).
Apesar de a medida ter a intenção de dar visibilidade aos processos, o nome dos magistrados é preservado: só suas iniciais são divulgadas.
Pelo sistema, não é possível saber ao certo o número de magistrados investigados, uma vez que um juiz ou desembargador pode ser alvo de várias ações. Só no Piauí, segundo a Folha apurou, um só juiz enfrenta 29 processos.

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