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Procuradoria envia denúncia contra Renan ao Supremo

Candidato à presidência do Senado, ele é acusado de apresentar notas frias em 2007 para provar rendimento

Investigação sobre o caso ficou quase dois anos parada nas mãos do procurador-geral, Roberto Gurgel

FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal), na última sexta, denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por ter supostamente apresentado notas fiscais frias na tentativa de negar que teve despesas pagas por um lobista.

O episódio, ocorrido em 2007, fez Renan renunciar à presidência do Senado para evitar a cassação. Este ano, ele é novamente candidato ao cargo. A eleição será sexta, dia 1º. Até o momento, é o favorito para ser eleito.

A entrega da acusação foi confirmada ontem pela assessoria de Gurgel. Como o inquérito tramita sob segredo de Justiça, a Procuradoria não irá informar quais os crimes foram imputados ao senador.

O caso tramita no STF desde 2007, com relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Desde então, Renan já teve sigilos fiscal e bancário quebrados por ordem do STF. A investigação, porém, estava parada com Gurgel desde abril de 2011, período em que ele não fez mais nenhum pedido ao relator, conforme mostrou a Folha na última semana.

A Procuradoria informou que o intervalo (quase dois anos) deve-se ao fato de o inquérito ter milhares de páginas. Além de Gurgel ter priorizado o processo do mensalão no ano passado.

A denúncia contra Renan, neste momento, poderá ter consequências negativas para seus planos de tentar voltar à presidência do Senado. Foi exatamente por esse caso, em que agora ele é formalmente acusado de ter praticado crime, que ele teve que deixar o cargo em 2007.

Naquele ano, ele enfrentou suspeitas de que contas da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, eram pagas por um lobista da empresa Mendes Júnior. Renan negou e, para provar que tinha renda suficiente para pagar a jornalista, apresentou notas referentes à venda de bois.

Um laudo da Polícia Federal, porém, apontou que as notas não comprovavam sua capacidade financeira para arcar com a pensão mensal, cerca de R$ 12 mil na época.


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