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Anvisa envia auditoria para a corregedoria

DE BRASÍLIA

A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) encaminhou ontem para a corregedoria do órgão uma auditoria sobre as decisões do atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), na época que ele era diretor da agência.

A auditoria investigou se houve irregularidades na concessão, pela Anvisa, de um certificado para a farmacêutica União Química.

Sem o certificado, a farma 66,1% d cêutica não poderia participar de licitações nem registrar novos medicamentos. Não foi uma decisão do colegiado da agência. Como diretor da área responsável por conceder o certificado na época, coube a Agnelo decidir sozinho a autorização.

Como a Folha revelou, Agnelo recebeu R$ 5.000 do lobista Daniel Tavares, que trabalhava para a farmacêutica, no mesmo dia em que a Anvisa liberou o certificado.

Em depoimento à deputada distrital Celina Leão (PSD), Tavares afirmou que o valor era parte de uma propina de R$ 50 mil para que Agnelo liberasse a documentação.

Depois Tavares mudou de versão e repetiu a justificativa apresentada por Agnelo: disse que o valor depositado era o pagamento de um empréstimo dado ao lobista.

"Foi uma quantia que ele [o governador] tinha emprestado numa fase que estava com dificuldade e ressarci assim que tive condições. Não tem nada a ver com outra coisa", disse o lobista no vídeo.

À TV Record, o lobista também acusou a deputada Celina Leão de lhe oferecer dinheiro para acusar Agnelo.

Agnelo foi indicado diretor da Anvisa em agosto de 2007. Sua indicação foi aprovada pelo Senado em 19 de setembro, com 20 votos favoráveis e um contra. Ele assumiu o cargo em novembro.

Agnelo ficou no cargo até abril de 2010, quando saiu para disputar o governo do DF. Foi eleito no segundo turno com 66% dos votos válidos.

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