São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010 |
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Painel RANIER BRAGON - painel@uol.com.br Segunda tentativa
Praticamente varridos do Legislativo nas eleições
de 2006, congressistas que tiveram o nome ligado à
máfia dos sanguessugas planejam a volta aos gabinetes de Brasília ou às Assembleias do país. De um total
de 86 deputados federais e senadores contra os quais
a CPI ou a Procuradoria da República apontaram indícios de envolvimento, mais da metade -46- são candidatos à Câmara, ao Senado ou às Assembleias. Processo Nascimento teve o seu caso arquivado pela CPI dos Sanguessugas, por falta de provas, mas o Ministério Público de Mato Grosso -que concentra as investigações- o denunciou por formação de quadrilha e corrupção passiva. Ele diz que se limitou a apresentar uma emenda ao Orçamento e que a Justiça comprovará a lisura de seus atos. Aloysio Nunes afirmou, via assessoria, que tinha ciência apenas do arquivamento do caso na CPI. Ficha A lista dos candidatos inclui os dois ex-deputados que renunciaram ao mandato para escapar da cassação, Coriolano Sales (PSDB-BA) e Marcelino Fraga (PMDB-ES). Este, porém, é um dos 18 candidatos barrados agora pelos TREs por causa da Lei da Ficha Limpa. Senado Entre os que concorrem ao Senado ou à suplência, também são réus na Justiça os ex-deputados João Correia (PMDB-AC), Agnaldo Muniz (PSC-RO) e Pastor Amarildo (PSC-TO). No ranking partidário dos 46 candidatos, destaque para PTB (10), PR (9) e nanicos como o PRB (5). Memória A CPI dos Sanguessugas listou indícios contra 69 deputados. Desses, apenas cinco se reelegeram em 2006. As investigações tomaram corpo com o depoimento da família Vedoin, que revelou a venda superfaturada de ambulâncias a prefeituras, com intermediação de congressistas. Embora a PF e Ministério Público tenham incluído novos nomes no rol de suspeitos, alguns dos listados pela CPI não sofreram processo na Justiça, por falta de provas. Linguagem 1 O material do PT voltado à juventude, que será distribuído em ato na favela Cidade de Deus (RJ) no próximo sábado, dia 7, cita o Programa Nacional de Combate ao Crack como uma das realizações do governo Lula para os jovens. O programa nacional foi lançado só em maio, após Dilma Rousseff passar a abordar o tema na campanha. Linguagem 2 Na parte das promessas, Dilma diz que, se eleita, irá "inserir a juventude nos preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016". Mas não detalha como. As outras sete promessas do panfleto são extensões de benefícios criados no governo Lula. New look Em junho, quando o marqueteiro João Santana lhe apresentou uma sugestão de roupas para uso nas gravações dos programas de TV, Dilma não gostou muito do que viu. Acabou vetando as peças e indicando uma loja de aluguel de roupas de Porto Alegre. Contenção Coordenador da campanha de José Serra, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) agendou um comício para o candidato em Pernambuco, no sábado. No Estado, há uma debandada em curso de prefeitos e candidatos a deputado. com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER Tiroteio "Há oito anos o Brasil sabe o que Dilma pensa. Já o Serra mais parece um camaleão: começou a campanha dizendo que não era de oposição e hoje parece um troglodita." DO DEPUTADO CÂNDIDO VACCAREZZA (PT-SP), sobre a afirmação de Serra de que não sabe o que sua adversária pensa porque ela não iria a debates.
Contraponto
Agora candidato ao Senado, o deputado José Carlos
Aleluia (DEM-BA) tentava driblar um plenário da Câmara lotado, em março, para chegar à tribuna: |
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