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Mercadante sobe entre menos escolarizados
Em pesquisa Datafolha divulgada ontem, petista reduziu diferença para Alckmin de 28 para 22 pontos percentuais
Em números absolutos, senador ganhou cerca de 1,2 milhão de votos, enquanto o tucano perdeu cerca de 604 mil
DE SÃO PAULO
O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante, vem
diminuindo sua desvantagem frente ao tucano Geraldo Alckmin apoiado, principalmente, nos votos dos eleitores mais pobres e menos
escolarizados.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem, Mercadante aparece com 27%
das intenções de voto, ante
49% de Alckmin. No levantamento anterior, as taxas
eram de 23% e 51%, respectivamente.
Em números absolutos,
Mercadante angariou cerca
de 1,2 milhão de intenções de
voto (entre os 30,2 milhões
de eleitores paulistas) em
uma semana. Alckmin perdeu cerca de 604 mil.
Contaram para diminuir a
desvantagem do petista principalmente os eleitores com
ensino fundamental (857 mil
migraram para sua candidatura) e os que têm renda familiar mensal entre dois e
cinco salários mínimos (531
mil eleitores).
Esses dois estratos são os
que concentram o maior número de eleitores proporcionalmente. Mercadante ganhou sete pontos entre os
que têm apenas o ensino fundamental, e quatro entre os
que ganham entre R$ 1.020 e
R$ 2.550.
São eles que fizeram diminuir consideravelmente nas
últimas semanas a grande
chance que Alckmin tinha de
vencer em primeiro turno no
domingo.
Segundo o último Datafolha, o tucano tem 54% dos
votos válidos, e precisa de
50% mais um voto para vencer no primeiro turno (Mercadante aparece com 29%).
Como a margem de erro do
levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou
para menos, Alckmin ainda
pode vencer no primeiro turno mesmo estando no limite
inferior (52%) -e desde que
não perca muito mais votos
até domingo.
Em meados de setembro,
Alckmin chegou a ter 59%
dos válidos, o que lhe garantia com folga a vitória.
Proporcionalmente, o tucano vem perdendo mais votos entre a parcela mais pobre dos eleitores paulistas,
aqueles com renda familiar
mensal de até dois salários
mínimos (R$ 1.020).
Nesse segmento, o tucano
perdeu 404 mil votos (quatro
pontos) em menos de uma
semana.
FAIXA ETÁRIA
Mercadante também reduziu sua desvantagem nas faixas etárias que concentram
mais de 65% do eleitorado.
O petista registrou sua
maior aproximação em relação ao tucano entre os eleitores de 45 a 59 anos, faixa em
que a diferença caiu 11 pontos -a vantagem de 26 pontos reduziu-se a 15.
A diferença em favor do tucano também diminuiu entre
os eleitores de 25 a 34 anos
(caiu de 32 pontos a 23) e entre os de 35 a 44 anos -era de
24 pontos e hoje é de 17.
Entre os que têm mais de
60 anos, a diferença se manteve em 28 pontos a favor de
Alckmin. A fatia dos eleitores
mais jovens, de 16 a 24 anos,
é a única em que o tucano aumentou sua vantagem. A distância foi de 31 pontos para
34.
(FERNANDO CANZIAN)
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