São Paulo, sábado, 01 de outubro de 2011

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mercado em cima da hora

Governo estabelece taxa para os aeroportos que serão privatizados

Contribuição será cobrada de vencedores das concessões de Guarulhos, Viracopos e Brasília

Nova parcela terá o objetivo de acelerar investimentos, sobretudo nos aeroportos regionais


SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

O governo irá cobrar nova contribuição dos consórcios que vencerem as concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos (Campinas) e vai limitar em 1% a participação máxima de empresas aéreas nesses grupos.
Será criada uma tarifa de conexão a ser paga pelas empresas aéreas para gerar recursos para infraestrutura em aeroportos com grande volume de conexões, como Guarulhos e Congonhas.
Os vencedores terão de pagar outra parcela anual além dos recursos arrecadados no leilão, que serão o critério de escolha. Essa parcela será calculada sobre a receita bruta dos aeroportos.
Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, a nova parcela terá o objetivo de acelerar investimentos, sobretudo nos aeroportos regionais.
"Esses aeroportos têm rentabilidade significativa, estão crescendo, é importante que contribuam para o sistema", disse. O ministro afirmou que não haverá aumento de tarifas para os passageiros.
A nova cobrança é novidade em relação ao primeiro leilão de aeroportos, de São Gonçalo do Amarante (RN).
As duas contribuições valerão ao longo de toda a concessão do aeroporto.
O governo publicou a minuta do edital, que ficará disponível para consulta pública por 30 dias. Depois, segue para apreciação do Tribunal de Contas da União e então sairá o edital definitivo.
O governo definirá questões importantes, como prazo da outorga e obrigações de investimento, somente na segunda semana deste mês, quando o estudo econômico dos negócios ficar pronto. Sobre o prazo de concessão, será de 20 a 30 anos.
O governo confirmou que a Infraero terá participação máxima de 49% das SPEs (Sociedades de Propósito Específico). No primeiro leilão, a estatal ficou de fora.

APRENDIZADO
"Não fazia mais sentido o poder público fazer esse serviço sozinho. Vamos concorrer e aprender a ser sócio desses empreendimentos", afirmou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
Outra novidade desse leilão é que as empresas aéreas estão praticamente fora do certame -terão um teto de participação de 1%. No leilão de São Gonçalo, essa fatia era de, no máximo, 10%.
O diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, disse que essa limitação visa evitar conflito de interesse. O modelo prevê que os três aeroportos não poderão ser do mesmo dono, para estimular a competição.
Na minuta também não há definição de investimentos mínimos obrigatórios. Bittencourt disse que os investimentos devem estar atrelados ao crescimento de demanda dos três aeroportos.
Com o leilão mantido em 22 de dezembro, o governo federal estima que a nova gestão dos aeroportos passará a valer em abril ou maio.


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