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Dilma constrói vitória no Nordeste, e Serra não consegue virada em MG
Entre os nordestinos, petista obtém 10,7 milhões dos 12 milhões de votos de vantagem que impôs sobre tucano
SILVIO NAVARRO
UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO
Sem Marina Silva (PV) na
disputa, a vitória de Dilma
Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB) no segundo turno
foi calcada numa maioria
acachapante no Nordeste e
em sólida votação obtida em
Minas Gerais, segundo colégio eleitoral do país.
A petista derrotou o tucano em todos os Estados do
Nordeste e teve 10,7 milhões
de votos a mais do que seu
adversário na região (com
99,9% das urnas apuradas).
A vantagem de Dilma no país
foi de 12 milhões de votos.
No Nordeste, a petista conquistou 70% dos votos, ante
30% de Serra.
Nos três maiores colégios
nordestinos -Bahia
(70,8%), Pernambuco
(75,6%) e Ceará (77,3%)- ela
obteve vitória com mais de
70% dos votos válidos.
Mesmo nas duas "ilhas"
da oposição na região, Alagoas e Rio Grande do Norte,
Dilma conseguiu bater Serra.
A esperança dos tucanos
para virar o jogo era um
avanço significativo em Minas Gerais, reduto do correligionário Aécio Neves.
Dilma, entretanto, conseguiu equilibrar o cenário, saltando de 46,9% dos votos válidos no 1º turno para 58,5%.
Serra passou de 30,8% para
41,5%. O mesmo ocorreu no
Rio, onde ela levou vantagem de 1,7 milhão de votos.
Esse desempenho minimizou o impacto de viradas de
Serra em alguns Estados (RS,
GO e ES) onde perdera no primeiro turno.
Em São Paulo, o terreno
com a maior densidade eleitoral do Brasil, o tucano também não conseguiu ampliar
de forma expressiva sua vantagem: subiu de 40,3% para
54%. A petista cresceu de
38,1% para 46%.
No total, a petista superou
o rival no Sudeste por 1,6 milhão de votos.
A disputa foi apertada nas
demais regiões, embora a
maior vitória proporcional de
Dilma tenha ocorrido no Norte do país, com 80% dos votos válidos no Amazonas.
No placar geral região da
Norte, a petista teve 1 milhão
de votos a mais que o tucano.
No Sul, Serra venceu com
1,2 milhão de eleitores de
vantagem. Ele também levou
a melhor no Centro-Oeste,
com 130 mil votos a mais que
a oponente eleita.
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