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DISTRITO FEDERAL
PT reassume DF com discurso de mudança
Baiano de Itapetinga, Agnelo Queiroz viu principais adversários sucumbirem a denúncias durante o processo eleitoral
Ex-ministro do Esporte no governo Lula, petista obteve 66,1% dos votos, diante de 33,9% dados
a Weslian Roriz (PSC)
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
O eleitor do Distrito Federal escolheu ontem o petista
Agnelo Queiroz para assumir
o cargo a partir de 2011.
Ele teve 66,1% dos votos,
enquanto Weslian Roriz
(PSC) ficou com 33,9%.
Agnelo foi eleito numa ampla aliança de partidos de esquerda e centro, nos moldes
da chapa de Dilma Rousseff.
Ele se aliou ao PMDB, um
rival histórico em Brasília,
contra a coligação formada
por PSC, DEM e PSDB.
"Essa eleição começou
com um descrédito muito
grande por parte do eleitor,
que trabalhamos para transformar em esperança", disse.
Baiano de Itapetinga, Agnelo tem 51 anos e é médico.
Foi deputado por quatro vezes e ministro do Esporte no
primeiro mandato do presidente Lula. Em 2006, deixou
o governo para disputar o Senado contra Joaquim Roriz,
que venceu e depois renunciou, o que resultou na inelegibilidade neste ano por conta da lei da Ficha Limpa.
O projeto para se lançar
governador começou em
2008, quando deixou o PC do
B para se filiar ao PT, partido
que já havia governado o DF
entre 1995 e 1998 com Cristóvan Buarque, hoje no PDT.
A eleição de Agnelo foi o
resultado de diversas reviravoltas na política distrital.
Um ano atrás, o favorito
era o então governador José
Roberto Arruda (ex-DEM),
abatido pela operação Caixa
de Pandora, que revelou o
mensalão do DEM. Restou,
como principal adversário,
Joaquim Roriz. Mas de novo
Agnelo contou com a sorte: o
ex-governador acabou barrado pela lei da Ficha Limpa.
Sobrou Weslian, mulher
Roriz. Ela entrou na disputa a
nove dias do primeiro turno.
Agnelo grudou sua imagem à de Lula. Foi eleito com
o discurso da "mudança",
apesar de ter como vice Tadeu Filippelli (PMDB), ex-aliado de Arruda e de Roriz.
O governador eleito tem
como principal bandeira mudar o sistema de saúde do DF.
Diz que acumulará o cargo de
secretário da área nos três
primeiros meses de 2011.
Sua vitória marca a primeira derrota do rorizismo em
Brasília. Com nome e foto na
urna, Roriz perdeu uma eleição pela primeira vez em sua
trajetória política. Ele só poderá voltar a disputar uma
eleição em 2026, aos 90 anos.
Roriz foi governador por 14
anos, somando seus mandatos. Assim como aconteceu
com Weslian, ele terá que terceirizar para sua família a tarefa de ser oposição. As filhas
Jaqueline e Liliane foram
eleitas deputada federal e
distrital, respectivamente.
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