São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2011 |
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Ministro descarta faxina na Agricultura Wagner Rossi (PMDB) diz que não há corrupção e que irregularidades são "caso isolado'; Dilma não cobra explicações Entrevista de irmão que foi exonerado da pasta faz líder do governo no Senado, Romero Jucá, se desculpar à presidente DE BRASÍLIA O ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), negou ontem que haja um esquema de corrupção na pasta e descartou uma faxina. Segundo ele, houve apenas um "caso isolado de irregularidade" no ministério. As declarações foram uma resposta a acusações feitas por Osmar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Em entrevista à revista "Veja", Neto disse que no Ministério da Agricultura "só tem bandidos" e acusou o ministro de comandar um suposto esquema de corrupção. Neto foi assessor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) por um ano e diretor-financeiro do órgão por menos de um mês. O ministro rechaçou as acusações e disse que o irmão do líder do governo é um "despreparado, que tenta colocar todo mundo no mesmo saco". "Não há faxina ou crise. A única irregularidade detectada foi feita pelo Oscar. Estamos passando todos os pagamentos em revista", disse o ministro. De acordo com ele, o ex-diretor foi demitido após liberar um pagamento de R$ 8 milhões a um armazém em nome de laranjas. A Folha não localizou Neto. Wagner Rossi, ligado ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), admitiu que Oscar Neto foi alçado a diretor da Conab por conta do parentesco com Romero Jucá. APURAÇÃO O ministro, contudo, assumiu uma "parcela de culpa" na nomeação. "Não vou dizer que não tenho parcela de culpa na escolha, mas cumpri minha responsabilidade ao colocá-lo para fora", disse. Na primeira reunião com a cúpula do governo após os novos relatos de corrupção, a presidente Dilma Rousseff não cobrou explicações a respeito dos casos. A atitude difere do comportamento da presidente na crise que atingiu o Ministério dos Transportes -onde 22 pessoas perderam cargos desde o início das acusações. Presente à reunião, Romero Jucá não foi questionado pela presidente diante dos demais. Segundo ele, após o encontro, em reunião reservada, solicitada pelo senador, pediu desculpas pelas declarações do irmão e disse que desaprovava a conduta de Osmar Jucá Neto. Ainda de acordo com Romero Jucá, "a presidente entendeu" a sua posição e disse que "Wagner Rossi está averiguando as acusações." (FILIPE COUTINHO, BRENO COSTA, NÁDIA GUERLENDA CABRAL e GABRIELA GUERREIRO) Texto Anterior: Janio de Freitas: O pior e o melhor Próximo Texto: Jobim elogia Dilma e diz que quer ficar, mas já admite saída Índice | Comunicar Erros |
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