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Católicos se dividem, e evangélicos preferem tucano
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
Donos de um quarto dos
votos no país, os evangélicos
se dizem mais dispostos a optar por José Serra (PSDB) do
que por Dilma Rousseff (PT)
na corrida presidencial.
A disputa está tecnicamente empatada entre os católicos, que representam
62% do eleitorado. Eles dão
40% das intenções de voto
ao tucano e 41% à petista.
De acordo com o Datafolha, Serra aparece 9 pontos
percentuais à frente de Dilma
entre os fiéis de igrejas pentecostais, que somam 16% dos
entrevistados. No segmento,
Serra tem 42%, e Dilma, 33%.
Desde o ano passado, os
candidatos travam batalha
pelo apoio dos líderes das
principais denominações.
Serra articula aliança com
o presidente do maior ramo
da Assembleia de Deus, pastor José Wellington Bezerra
da Costa. Dilma conta com os
votos da Igreja Universal, do
bispo Edir Macedo.
Entre os fiéis de igrejas não
pentecostais (7% dos eleitores), o tucano aparece com
vantagem de 5 pontos sobre a
petista: 38% a 33%.
Serra também está à frente
de Dilma entre os espíritas,
que somam 3% dos entrevistados. O grupo lhe dá dianteira de 11 pontos: 44% a 33%.
O duelo volta a se equilibrar entre o eleitorado que
diz não seguir religião alguma. No segmento, o tucano
tem 35%, contra 33% da petista, o que configura um empate técnico entre os dois.
Serra se declara católico.
Dilma, que já disse não ter
certeza da existência de
Deus, tem procurado se apresentar como católica.
Única evangélica entre os
candidatos ao Planalto, Marina Silva (PV) tem mais
apoio dos companheiros de
crença do que dos católicos.
A verde aparece com 13%
das intenções de voto nos
dois grupos evangélicos. Entre os católicos, cai para 8%.
Curiosamente, o melhor
resultado da candidata é entre os eleitores que dizem não
ter religião: 18%.
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