CATIA SEABRA
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

Às vésperas do limite legal para veiculação de propaganda institucional, o governo federal e o de São Paulo levaram ao ar 12 diferentes peças publicitárias exaltando as administrações Lula e Serra.
Das 8h à meia-noite de quarta-feira, por exemplo, foram exibidos 23 anúncios oficiais ao longo da programação da TV Globo.
A corrida é motivada pelo calendário eleitoral: a partir de hoje, está proibida a veiculação de publicidade de órgãos públicos ou da administração indireta, à exceção dos casos de "grave e urgente necessidade pública".
Só do governo federal, foram sete campanhas. Concentradas em horário nobre, elas enaltecem o desenvolvimento do país.
A da Petrobras, por exemplo, afirma que o Brasil "está entrando numa nova fase, com desenvolvimento", e acena para um futuro promissor. "Temos um horizonte ainda melhor pela frente."
A propaganda do Ministério do Trabalho, sobre abono salarial, afirma que o Brasil "marcou um novo recorde". A do Ministério da Saúde, sobre vacinação, diz que o "governo marcou um golaço".
Consumindo um minuto do intervalo do "Jornal Nacional", um comercial do governo de SP sugere que o desenvolvimento do Estado beneficia o país. "Um Estado melhor se faz assim: trabalhando de olho no futuro", diz a peça.
E conclui: "E um Estado cada vez melhor, claro, faz um país cada vez melhor".
Outra das cinco peças do governo do Estado promove suas obras viárias.
Já a campanha da Sabesp anuncia que o Estado está fazendo o maior programa de saneamento do litoral brasileiro.


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