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Siglas tentam barrar Datafolha em Estados
Partidos e coligações de cinco Estados e do DF recorreram ao TSE; só uma pesquisa, no Paraná, foi proibida
"Critérios usados nas pesquisas do Datafolha são transparentes e tecnicamente corretos", afirma advogado
DE SÃO PAULO
Partidos e coligações de
cinco Estados e do Distrito
Federal recorreram ao TSE
(Tribunal Superior Eleitoral)
nas últimas horas para tentar
impedir a divulgação de pesquisas do Datafolha sobre as
eleições para governador.
As impugnações -pedidos de proibição- ocorreram
em São Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Paraná,
Pernambuco e no DF.
A Folha publica hoje cinco
desses seis levantamentos. A
pesquisa sobre a disputa do
governo do Paraná não será
publicada porque o TSE negou ontem mais um pedido
do instituto para liberá-la.
A publicação deste levantamento foi proibida pela
corte a pedido da coligação
de Beto Richa, candidato do
PSDB ao governo.
A Folha apurou que os pedidos foram estratégicos. A
última pesquisa Datafolha
divulgada no Paraná, em 16
de setembro, indicava crescimento do adversário de Richa, Osmar Dias (PDT).
Ele tinha 40% dos votos, e
o tucano, 45%. Até então, Richa liderava com folga e usava as pesquisas do instituto
em sua propaganda.
Os tucanos negam a tática
e questionam a base de dados do instituto.
A pesquisa do Ibope no
Paraná também chegou a ser
proibida a pedido da coligação de Richa, mas foi liberada pela Justiça. O advogado
Luís Francisco de Carvalho
Filho, que defende o Datafolha, afirmou que o instituto
está seguro sobre a correção
das pesquisas e recorrerá
contra todas as tentativas de
tentar impedir sua divulgação.
"A partir da experiência do
Paraná, vemos uma tentativa
de partidos políticos de inviabilizar a divulgação de
pesquisas em diversos Estados. Esperamos que aquela
decisão isolada não se repita", afirmou ele.
"Os critérios usados nas
pesquisas do Datafolha são
transparentes e tecnicamente corretos. Por isso, as ações
não nos preocupam", disse.
Nas últimas duas semanas, o Tribunal Regional
Eleitoral do Paraná impugnou nove pesquisas. Sete
dessas proibições foram feitas a pedido da coligação de
Richa. As outras foram solicitadas pelo PRTB.
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