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Dilma descarta clima de oba-oba eleitoral
Governo do DF recebe solicitação de reforço policial para comemoração eleitoral na Esplanada dos Ministérios
Em carreata com Lula na região do ABC paulista, candidata afirma que nenhuma festa está preparada
Jorge Araújo/Folhapress
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A candidata à Presidência Dilma Rousseff faz campanha ao lado do presidente Lula e de outros petistas em área comercial de São Bernardo do Campo
ANA FLOR
DE SÃO PAULO
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Em evento de campanha ontem na região do ABC paulista, a presidenciável petista, Dilma Rousseff, rechaçou o clima de oba-oba na véspera da eleição. "Ninguém está preparando festa nenhuma. Temos muito respeito pelo processo eleitoral", disse.
Um dia antes, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal recebeu pedido de reforço policial para possível festa de comemoração da vitória da candidata do PT.
O documento recebido anteontem, via fax, continha o timbre do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República. Requeria reforço para a Esplanada dos Ministérios a partir das 19h, duas horas após o fim da votação.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, João Monteiro Neto, apesar da solicitação, não haverá nenhuma operação especial para a região. O GSI informou que vai verificar a autoria do fax e somente depois se manifestará sobre o caso.
BALANÇO
Ontem, antes de carreata ao lado do presidente Lula, em São Bernardo do Campo (SP), Dilma foi questionada se estaria programando a festa para uma eventual vitória já no primeiro turno. A candidata negou.
Na entrevista de ontem, Dilma foi instada a fazer uma avaliação de sua campanha.
A petista elegeu "as mentiras sorrateiras que saíram do baixo mundo da política" como o pior momento da corrida presidencial.
Foram referências aos escândalos que se voltaram contra sua candidatura: a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB e outras próximas ao adversário tucano, José Serra, e a queda de Erenice Guerra da Casa Civil da Presidência da República. Erenice era o braço direito de Dilma no Planalto.
IMPRENSA
Ela também pôs panos quentes nas críticas de que o PT, com ajuda do presidente Lula, teria tentado constranger a liberdade de imprensa nas últimas semanas.
Disse que críticas são bem-vindas e que também é "normal que a gente responda e também faça críticas".
Na carreata em São Bernardo, Dilma teve a companhia de Lula e da primeira-dama, Marisa Letícia.
O presidente reconheceu ter se esforçado mais para emplacar Dilma no Planalto do que na própria reeleição, há quatro anos.
"Viajei mais do que viajei na minha campanha em 2006 porque eu estava convencido que o grande legado que a gente deveria deixar para o Brasil era eleger gente para continuar governando."
O passeio, feito em cima de um carro aberto, durou uma hora e cumpriu à risca o gabarito político: Lula e Dilma abanaram uma bandeira do Brasil, e a candidata abraçou várias crianças no trajeto.
Dilma vota hoje em Porto Alegre, ao lado do candidato petista ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Já Lula vota em São Bernardo, pela manhã.
A petista e o presidente se encontram no final da tarde em Brasília, onde, ao lado de ministros, acompanham juntos a apuração dos votos.
Em 2006, quando conquistou a reeleição com vitória em segundo turno diante de Geraldo Alckmin (PSDB), Lula comemorou em São Paulo.
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