São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2010

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Após a eleição de Dilma, França espera decisão a favor de seu caça

Lula, que disse que sucessor será ouvido, se reúne hoje com Jobim

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Passada a eleição de Dilma Rousseff, os franceses que pretendem fornecer os novos caças da Força Aérea Brasileira estão em suspense máximo. Não por acaso foi o francês Nicolas Sarkozy o primeiro chefe de Estado a parabenizar a petista.
Eles esperam que a decisão em favor de seu avião, o Rafale, saia a qualquer momento a partir de hoje, quando o ministro Nelson Jobim se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Recapitulando: o negócio de cerca de R$ 10 bilhões para fornecimento inicial de 36 aviões se arrasta desde 2001.
Os franceses são os prediletos do ministro Nelson Jobim, que fez a FAB mudar o relatório técnico que favorecia o sueco Gripen NG para adequar-se à vontade política já expressa na parceria estratégica assinada com Paris.
Segundo Lula, porém, a decisão só seria tomada em parceria com o sucessor.
Como o petista já sugeriu a permanência de Jobim na Defesa, os concorrentes temem que a fatura esteja definida em favor dos franceses.
Mas suecos e os americanos, com seu F/A-18, se agarram às notícias dos bastidores que indicam uma certa má vontade com a falta de flexibilidade francesa na discussão de preços -seu avião custa o dobro do Gripen e 40% a mais que o F/A-18, prometendo inigualável transferência de tecnologia.


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