São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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FHC diz que Serra enfrentou "rolo compressor"

No segundo turno, "Dilma vai ter que mostrar o que é", afirma o senador Sérgio Guerra

FREDERICO VASCONCELOS
DE SÃO PAULO

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso previu que haveria segundo turno, apesar de o candidato José Serra (PSDB) ter enfrentado o "rolo compressor do governo como nunca aconteceu".
Antes de votar no Colégio Sion, em São Paulo, ele afirmou que "nunca houve na história deste país um presidente que tenha feito tanta pressão para ganhar uma eleição", referindo-se a Lula.
Em Recife, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que o partido começaria a discutir nesta segunda-feira, em São Paulo, a estratégia para o segundo turno.
Fernando Henrique manteve sua convicção de que não há a transferência de votos como foi alardeada. "Se houvesse transferência de votos, Dilma Roussef teria 80% [de votos]. "O importante não é ter transferência. É ter vontade política própria. Tem que ter políticos reais e não um fantoche", afirmou.
Ele disse que Dilma Roussef está "sempre grudada no presidente".
Para Fernando Henrique, "é importante o fato de Serra ter conseguido manter, com todas as dificuldades, uma base eleitoral grande".
"Chegar até esse ponto é porque [Serra] tem condições de continuar lutando, isso não é pouca coisa", disse.
O ex-presidente disse que o PSDB inteiro apoiou Serra e que o partido sai desta eleição "em pé". "O PSDB "tem que ser realista e tem que aprender, mas é um partido que tem vitalidade."
Fernando Henrique fez outras críticas a Lula. "[Ele] deve expressar o seu partido. Mas não pode se transformar num instrumento de pressão contra o seu adversário. Aí deixa de ser chefe da nação para ser chefe de facção".
Sérgio Guerra diz que o sigilo fiscal, Erenice Guerra e a ficha limpa impediram uma discussão sobre os projetos de governo".
Ele diz que no segundo turno "os candidatos terão que ser mais reais". "A ideia de uma candidata que não comparece, que disfarça, vai ser dissipada. Não estou subestimando ninguém, mas a Dilma vai ter que mostrar o que é", disse o senador.


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