São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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Mercado financeiro aposta que economia não muda

SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mesmo sem a definição de quem comandará os cargos centrais na área econômica no novo governo, o mercado financeiro espera um cenário de continuidade da política cambial e de maior controle dos gastos públicos nos dois primeiros anos de mandato de Dilma Rousseff (PT).
No primeiro dia após a confirmação da vitória de Dilma, isso ficou refletido na alta na Bolsa e na queda das taxas de juros. Os juros dos contratos com vencimentos em 2013 e 2017 caíram.
Em meio ao feriadão de Finados, as atenções se concentram numa pesquisa feita por um fundo de fora do país com 14 instituições financeiras estrangeiras que atuam aqui para mapear os mais cotados para a área econômica.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ganhou disparado para comandar a Fazenda (dez votos). Com dois votos, a permanência de Guido Mantega é tida como zebra. O ex-ministro Antonio Palocci e o presidente do BC, Henrique Meirelles, tiveram um voto cada um.
Para o BC, as apostas ficaram divididas. A possibilidade de Meirelles ficar foi a mais citada: sete votos. Mas Alexandre Tombini -atual diretor de Normas- teve cinco votos. Receberam um voto cada um o presidente da Febraban, Fábio Barbosa, e Octávio de Barros, do Bradesco.
A pesquisa incluiu a Casa Civil. Palocci saiu na frente com 11 votos. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, tiveram um voto cada um.
Os indicadores e os nomes citados sinalizam um cenário ainda incerto. No primeiro discurso de Dilma após a eleição, ela falou em abertura comercial, controle da inflação e de gastos, crescimento a taxas elevadas e zelo pela poupança. Isso gerou uma expectativa de melhor coordenação das políticas fiscal e monetária, corte de despesas e queda dos juros.


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