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Mercado financeiro aposta que economia não muda
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo sem a definição de
quem comandará os cargos
centrais na área econômica
no novo governo, o mercado
financeiro espera um cenário
de continuidade da política
cambial e de maior controle
dos gastos públicos nos dois
primeiros anos de mandato
de Dilma Rousseff (PT).
No primeiro dia após a
confirmação da vitória de
Dilma, isso ficou refletido na
alta na Bolsa e na queda das
taxas de juros. Os juros dos
contratos com vencimentos
em 2013 e 2017 caíram.
Em meio ao feriadão de Finados, as atenções se concentram numa pesquisa feita
por um fundo de fora do país
com 14 instituições financeiras estrangeiras que atuam
aqui para mapear os mais cotados para a área econômica.
O presidente do BNDES,
Luciano Coutinho, ganhou
disparado para comandar a
Fazenda (dez votos). Com
dois votos, a permanência de
Guido Mantega é tida como
zebra. O ex-ministro Antonio
Palocci e o presidente do BC,
Henrique Meirelles, tiveram
um voto cada um.
Para o BC, as apostas ficaram divididas. A possibilidade de Meirelles ficar foi a
mais citada: sete votos. Mas
Alexandre Tombini -atual
diretor de Normas- teve cinco votos. Receberam um voto
cada um o presidente da Febraban, Fábio Barbosa, e Octávio de Barros, do Bradesco.
A pesquisa incluiu a Casa
Civil. Palocci saiu na frente
com 11 votos. O ministro do
Planejamento, Paulo Bernardo, e Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, tiveram um voto cada um.
Os indicadores e os nomes
citados sinalizam um cenário
ainda incerto. No primeiro
discurso de Dilma após a
eleição, ela falou em abertura comercial, controle da inflação e de gastos, crescimento a taxas elevadas e zelo
pela poupança. Isso gerou
uma expectativa de melhor
coordenação das políticas
fiscal e monetária, corte de
despesas e queda dos juros.
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