São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2011

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Com cargo em risco, ministro antecipa ida ao Congresso

PR se antecipa à oposição e aprova dois convites para Alfredo Nascimento se explicar na Câmara e no Senado

Oposição, no entanto, quer que ministro seja investigado e começa a coletar assinaturas para a abertura de uma CPI

MARIA CLARA CABRAL
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Ameaçado de demissão, o ministro Alfredo Nascimento (Transportes) se antecipou à oposição e decidiu ir ao Congresso na semana que vem para se explicar sobre supostas irregularidades na pasta.
Em ação combinada, parlamentares de seu partido, o PR, apresentaram ontem diversos convites para ele depor na Câmara e no Senado.
Dilma ordenou o afastamento de quatro dirigentes da pasta após reportagem da revista "Veja" apontar a existência de suposto esquema de cobrança de propina em obras de rodovias e ferrovias.
Nascimento confirmou que vai à Comissão de Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado na próxima terça-feira. Seu depoimento na Câmara ainda não foi marcado.
A estratégia foi armada entre o próprio ministro e integrantes da bancada governista, que temiam que a demora em dar explicações agravasse a crise.
Deputados aliados manifestaram apoio a ele ontem em almoço na casa do líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
"Talvez, na Esplanada, ele seja o ministro que melhor nos atende", disse o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
Apesar dos elogios, os deputados evitaram fazer aparições públicas ao lado do ministro. O temor é que um fato novo o leve a perder o cargo nos próximos dias.
A presidente Dilma Rousseff bancou a permanência de Nascimento em nota divulgada na segunda-feira, mas deixou claro que vai demiti-lo se as suspeitas de corrupção forem comprovadas.
A oposição não ficou satisfeita com a presença espontânea de Nascimento e pretende convocá-lo para depor na Comissão de Infraestrutura do Senado.
DEM e PSDB também pediram que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, abra investigações contra o ministro e outros envolvidos no caso.
Os dois partidos já coletaram 18 das 27 assinaturas necessárias para instalar uma CPI sobre o caso no Senado.


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