São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2011

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MINISTÉRIO PÚBLICO

Planalto decide reconduzir Gurgel à Procuradoria-Geral da República

DE BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff decidiu reconduzir Roberto Gurgel ao cargo de procurador-geral da República, posto máximo do Ministério Público Federal.
Ele foi o mais votado em lista tríplice organizada em maio pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) e entregue a Dilma.
A presidente não tinha a obrigação de nomear Gurgel, mas respeitou a tradição inaugurada no governo Lula de escolher o mais votado da lista.
Depois que a indicação for publicada no "Diário Oficial", o procurador-geral será sabatinado no Senado. Se confirmado, ele ficará mais dois anos no comando da instituição.
A recondução ocorre semanas depois de Gurgel dar parecer contrário à abertura de investigação sobre a evolução patrimonial do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil), revelada pela Folha.
Seu primeiro teste após a recondução ocorrerá até sábado, prazo para enviar relatório ao STF (Supremo Tribunal Federal) com as alegações finais na ação penal do mensalão.
Gurgel vai fazer um balanço das provas e pedir ou não a condenação de 38 réus. No início do ano, ele pediu a quebra de sigilo fiscal de cada um, sob o argumento de calcular multas em caso de condenação.
O Planalto chegou a avaliar a conveniência de sacramentar a indicação após a entrega do relatório. Mas ministros e Dilma avaliaram que, se o procurador for menos duro que o esperado, a recondução poderia soar como "recompensa".


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