São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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Kassab minimiza avaliação ruim e afirma que São Paulo está melhor

Cidade evoluiu 'em todos os campos', diz prefeito, cujo desempenho é o pior em quatro anos

Desgaste no município atrapalha resultado de Serra na primeira pesquisa Datafolha de SP, avaliam tucanos

VERA MAGALHÃES

DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, minimizou ontem o resultado da pesquisa Datafolha em que obteve sua pior avaliação em quatro anos. Já o PSDB atribuiu à rejeição ao prefeito o baixo percentual de intenção de votos do ex-governador José Serra.
Kassab afirmou que a pesquisa tem de ser analisada de forma "mais ampla" e que, ao final do mandato, sua gestão será bem avaliada.
"Existe muita confiança no sentido de entender que as transformações acontecem na cidade de São Paulo e ela está melhor em todos os campos", afirmou o prefeito.
Segundo o Datafolha, apenas 24% dos paulistanos avaliam a administração Kassab como ótima ou boa. A taxa é a menor desde março de 2007, quando o prefeito teve índice de aprovação de 15%.
No levantamento anterior do instituto, realizado em março, a avaliação positiva de Kassab era de 29%.
Houve, no entanto, queda nos que julgam a gestão ruim ou péssima, de 43% para 32%. Ao mesmo tempo, o percentual dos que consideram o governo municipal regular passou de 27% para 41%.
Por conta disso, Kassab afirmou que a pesquisa permite achar "números bastante positivos" para ele.
"Você pode chegar à conclusão de que é a pior avaliação em quatro anos analisando só um item específico, mas pode concluir que melhorou analisando outros."

SERRA
Já os tucanos atribuíram ao desgaste de Kassab a baixa intenção de votos de Serra.
O ex-governador deixou a prefeitura em 2006 para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes e deixou Kassab em seu lugar. A identificação entre ambos, raciocinam os tucanos, é muito grande.
Para dirigentes do PSDB, o fato de Kassab ter se dedicado, nos últimos meses, a viabilizar a criação do PSD foi malvisto pela população.
Já no PT a avaliação é que, com R$ 7 bilhões em caixa, o prefeito terá como reverter a baixa popularidade com alguma medida de impacto.
Kassab relativizou o dado segundo o qual só 15% dos eleitores votariam com certeza em candidato apoiado por ele. "É uma abordagem no momento em que as pessoas não estão focadas na eleição. Elas não vão refletir senão com a sua intuição", afirmou.


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