São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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Dilma quer novos cortes na taxa de juros até dezembro

Planalto já sinalizou para o Banco Central que poderá adotar outras medidas na área fiscal se for necessário

Após corte da taxa básica para 12% ao ano na semana passada, analistas preveem inflação mais elevada

VALDO CRUZ
SHEILA D'AMORIM

DE BRASÍLIA

O Palácio do Planalto conta com novos cortes na taxa de juros nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) e já sinalizou ao Banco Central que irá reforçar ações na área fiscal para bancar a mudança na política monetária.
Segundo assessores, a presidente Dilma Rousseff avalia que esse é o melhor momento para levar os juros ao patamar de países desenvolvidos. E também para aprovar no Congresso medidas para melhorar o resultado das contas públicas.
O Copom tem mais duas reuniões neste ano, em outubro e novembro. Em seu último encontro, na semana passada, surpreendeu o mercado ao reduzir os juros de 12,5% para 12% anuais.
Se forem feitos mais dois cortes do mesmo tamanho até o final do ano, a taxa fecharia 2011 em 11%.
O governo acredita que, com a queda dos juros, terá mais força para convencer deputados e senadores a aprovar projetos que limitem os gastos públicos.
Desde o início do governo, a equipe de Dilma diz que é objetivo do Planalto aprovar o projeto que limita o crescimento das despesas com pessoal e a criação do fundo de previdência dos servidores públicos.
Até hoje, porém, não teve sucesso por conta de pressões vindas da própria base aliada do governo.
As duas medidas não têm grande impacto no curto prazo. No entanto, indicariam que, no médio e longo prazos, as despesas com funcionários públicos ativos e inativos seriam decrescentes.
Ontem, o Banco Central divulgou o primeiro boletim Focus após o corte da Selic. Os economistas que responderam à pesquisa revisaram para cima das estimativas relativas à inflação em 2011 e 2012. Para este ano, eles preveem um índice de 6,38%.

Colaborou EDUARDO CUCOLO, de Brasília


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