São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Candidatos precisam passar por "purgação", avalia derrotada

CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

Marina Silva, a noiva mais cobiçada da República, não pretende se deixar conquistar pela primeira cantada.
A estratégia da verde para definir seu apoio no segundo turno envolve fazer Dilma e Serra passarem por uma espécie de "purgação pública", expondo ao eleitor programas de governo e ideias que, segundo ela, estiveram ausentes do debate até agora.
Marina diz que, como os seus 20 milhões de votos não são dela, mas do eleitor, é ele quem terá de decidir qual é a melhor proposta.
Ela desautorizou o núcleo de sua campanha a negociar cargos com PT e PSDB, mas seu comitê prepara uma série de pontos para o "debate de ideias" que gostaria de ver expostos pelos candidatos.
Isso envolveria trocar apoio por modificações em propostas dilmistas e serristas que tornem as candidaturas mais palatáveis ao programa de governo verde.
"A questão central não é um ponto específico, mas o conjunto", afirma Tasso Azevedo, um dos coordenadores do programa de Marina. "Ela fala, por exemplo, em aumentar a renovabilidade da matriz energética. Isso é muito mais amplo do que construir X usinas eólicas."
Além da área de energia, há outros setores sensíveis sobre os quais Marina quer ouvir os ex-concorrentes. Um deles é transparência no governo. Ela visava aplicar à gestão pública uma estratégia análoga à que criou quando ministra para monitorar a Amazônia: um sistema em tempo real com acompanhamento público pela internet.
Isso se aplicaria à execução de contratos do governo, que hoje são uma caixa-preta. Ela também defende que o Siafi, o sistema de acompanhamento dos gastos públicos, seja totalmente aberto. "A ideia é provocar os dois [Dilma e Serra] a discutir propostas", diz Azevedo.


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