São Paulo, sábado, 07 de maio de 2011 |
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Governo descarta reajuste no preço dos combustíveis Após reunião com Dilma, Edison Lobão diz que não haverá altas se barril do petróleo mantiver cotação atual Na terça-feira, Mantega admitiu que o preço do petróleo no exterior poderia levar Petrobras a reajustar a gasolina DE BRASÍLIA No mesmo dia em que a inflação superou o teto da meta no acumulado em 12 meses, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse que o governo "não cogita" reajustar o preço da gasolina devido ao alto custo do barril de petróleo no mercado externo. Após se reunir por três horas com a presidente Dilma Rousseff, Lobão disse que o Planalto avalia que haverá no mercado interno melhora nos níveis de abastecimento do etanol, que tem pressionado o preço dos combustíveis para o consumidor. A declaração de Lobão sobre as refinarias contraria a previsão do ministro Guido Mantega (Fazenda) que, na terça-feira, admitiu que o governo estudava a elevação do combustível por causa do valor do barril no exterior, que estaria alcançando patamares semelhante ao da crise financeira da década de 70. Anteontem, porém, o preço do petróleo registrou queda de quase 10%. Segundo Lobão, o governo vai reavaliar o preço da gasolina nas refinarias só se houver mudança significativa nas cotações: "Não haverá alteração no preço dos combustíveis enquanto o preço do barril internacional estiver em torno desses patamares que conhecemos. Não se cogita, portanto, o aumento do preço do combustível". Os combustíveis estão entre os principais responsáveis pela alta da inflação nos últimos meses. A situação se agravou diante da alta no barril e do preço do etanol, que é misturado na gasolina. O governo diz que haverá a partir dos próximos dias mais oferta do etanol, uma vez que a produção de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil será intensificada. "A partir da próxima semana, a oferta [de etanol] será muito maior e, como consequência, a tendência é uma queda crescente dos preços do etanol", disse. No encontro, Dilma e Lobão definiram que será elevada a participação da Petrobras na produção do etanol. A ideia é que a estatal seja responsável pela produção de até 15% desse tipo de combustível produzido no país em até quatro anos. Ela hoje responde por 5%. "Com isso, a Petrobras se transforma em regulador eficiente do fornecimento e dos preços do etanol", disse. O governo ainda não sabe quanto terá que investir para bancar o projeto. Desde a semana passada o etanol passou a ser tratado como combustível, e não mais como produto agrícola, sendo regulado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Houve ainda mudança no percentual de álcool anidro adicionado à gasolina. Ficou estabelecido o piso mínimo de 18% e o máximo de 25%. A nova regra altera o intervalo de 20% e 25%. (MÁRCIO FALCÃO) Texto Anterior: TV Folha abre estúdio e amplia programação Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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