|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
PT não levará polêmica ao horário eleitoral
MÁRCIO FALCÃO
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
Políticos evangélicos que
apoiam a candidata Dilma
Rousseff (PT) sugeriram ontem ao comando da campanha que a resposta aos boatos que circulam contra a petista ocorram nos templos.
A ideia é que, após os cultos, pastores e lideranças façam um "esclarecimento"
para informar que a petista é
contra o aborto e que não teria dito que nem Jesus tiraria
dela essa eleição. O discurso
para os fiéis seria para mostrar que a candidata defende
a vida, mas foi vítima de uma
campanha caluniosa.
A recomendação é que a
campanha também use a internet, mas evite levar o assunto para a propaganda
eleitoral, o que poderia, segundo eles, ampliar a polêmica. "Para que mais problema?", questionou o senador
Magno Malta (PR-ES).
Para o senador eleito Walter Pinheiro (PT-BA), essa
questão de aborto é complexa para ser discutida.
As propostas dos evangélicos foram apresentadas ao
ex-ministro Antonio Palocci
Filho e ao deputado federal
José Eduardo Cardozo (PT-SP). Estavam presentes o
pastor Everardo (PSC) e Gilmar Machado (PT), além de
Pinheiro e Malta.
Cardozo afirmou que a
campanha não vai priorizar a
discussão sobre aborto. "Essa é uma discussão artificial.
É clara a tentativa de plantar
boatos. Não vamos priorizar
a questão até porque não há
posição muito diferente entre o Serra [José Serra (PSDB)]
e a Dilma nesse caso. É uma
falsa polarização", disse.
Os dilmistas estão de olho
nos 34 milhões de votos
evangélicos no país. Antes de
ser candidata, Dilma defendeu a descriminalização da
prática em sabatina na Folha
em 2007. Já na campanha,
ela afirmou que pessoalmente é contra essa proposta.
LIBERDADE
Além das duas campanhas, as entidades religiosas
também discutem o tema.
O assessor da Comissão
Pastoral para a Vida e a Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil),
padre Luiz Antonio Bento,
afirmou que a entidade ficará
neutra na eleição, mas os bispos têm liberdade de agir
dentro de suas dioceses.
"Se [o bispo] julgar que é
conveniente orientar sua diocese para votar em um ou outro candidato, ele tem autonomia, e a CNBB respeitará",
declarou Bento.
Texto Anterior: Saiba mais: Candidata liderou na Baixada, com 45,7% dos votos Próximo Texto: Partido é oportunista sobre aborto, diz bispo Índice | Comunicar Erros
|